VIOLAÇÕES DE DIREITOS

A triste realidade das iranianas: meninas intoxicadas e mulheres vigiadas

Se a luta de mulheres ao redor do mundo é um 7 x 1 diário, diante de abusos, violências e desigualdades, no Irã, não existe nem placar que dê conta da nossa derrota. 

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(Crédito: Getty Images)

Duas notícias sobre o Irã, especialmente em relação ao direito das mulheres (ou à falta dele), chamaram a atenção para a triste realidade das iranianas. Uma das notícias diz que dezenas de meninas foram intoxicadas neste sábado (8) em várias escolas do Irã. Há mais de quatro meses, o país tem casos misteriosos de envenenamentos de meninas que ‘se atrevem’ a estudar.

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As intoxicações acontecem de forma repentinas, com gases ou substâncias tóxicas. Provocam mal-estar e desmaios e  internações.

Meninas intoxicadas em uma escola de Ardabil, na região noroeste, relatam à imprensa local que sentiram “sintomas de ansiedade, dificuldade para respirar e dor de cabeça”. Segundo o G1, em Urmia, capital da província do Azerbaijão Ocidental estudantes (do sexo feminino, claro) de uma escola tiveram um mal estar “após uma projeção de gás”.

Outra notícia que chamou a atenção da imprensa mundial foi a mais nova tentativa de controlar o número crescente de mulheres que desafiam o código de vestuário obrigatório. Agora, as autoridades iranianas estão instalando câmeras em locais públicos para identificar e penalizar as mulheres sem véu.

Após terem sido identificadas, as infratoras receberão “mensagens de texto de advertência sobre as consequências”, disse a polícia em um comunicado neste sábado. A declaração policial de hoje exige que os proprietários de empresas passem a “monitorar seriamente a observância das normas da sociedade com suas inspeções diligentes”.

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A lei islâmica do Irã foi imposta após a revolução de 1979 e determina que mulheres são obrigadas a cobrir seus cabelos e usar roupas longas e folgadas. Quem tenta se insurgir, enfrenta repreensão pública, multas ou prisão.

Se a luta de mulheres ao redor do mundo é um 7 x 1 diário, diante de abusos, violências e desigualdades, para  não existe nem placar que dê conta da nossa derrota.

*   Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Perfil Brasil 

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