REVÉS REGIONAL

Após derrota em pleito, premiê da Espanha dissolve o parlamento e antecipa eleições

O partido centro-esquerda de Pedro Sánchez perdeu em quase todas as regiões, incluindo Madri, a capital do país

Após derrota em pleito, premiê da Espanha dissolve o parlamento e antecipa eleições
o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, convocou eleições gerais para 23 de julho após seu partido (PSOE) sofrer derrotas em pleitos regionais (Crédito Foto: Javier Soriano-Pool/Getty Images)

O premiê da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou nesta segunda-feira (29), uma eleição antecipada para 23 de julho, após seu partido sofrer derrotas regionais e municipais. Ele lidera um governo de coalizão de esquerda que perdeu terreno para os conservadores e para a extrema-direita no pleito deste domingo (28).

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Analistas políticos acreditavam que o primeiro-ministro poderia adiar a votação nacional até a data limite, em dezembro, especialmente porque a Espanha assumirá a presidência da União Europeia a partir de 1º de julho.

“Embora as eleições de ontem tenham um alcance local e regional, o significado do voto transmite uma mensagem que vai além disso”, disse o premiê em discurso na televisão. “Creio que é necessário responder e submeter nosso mandato democrático à vontade do povo.” 

Sánchez, no poder desde junho de 2018, é o líder do Partido Socialista dos Trabalhadores da Espanha (PSOE, na sigla em espanhol). O partido teve perdas em quase todas as regiões do país, como Madri e Barcelona, para o Partido Popular (PP), de linha conservadora e para o Vox, partido de extrema-direita.

Os principais reveses dos socialistas ocorreram nas regiões de Valência, Aragão e Ilhas Baleares, bem como em um de seus mais importantes redutos eleitorais, a região sudoeste de Extremadura, na fronteira com Portugal. Em razão destas perdas, o premiê da Espanha convocou eleições parlamentares em nível nacional.

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Os resultados indicam que o PP do líder Alberto Nuñes Feijoó e o anti-imigrante e antisseparatista Vox poderiam desbancar Sánchez e PSOE se replicassem esse desempenho em nível nacional. Na populosa região de Madri, a líder local do PP, Isabel Diaz Ayuso, obteve a maioria; nas cidades perto da capital espanhola, os populares também foram bem votados.

Barcelona foi um caso particular entre as grandes cidades, com a vitória de um partido pró-independência da Catalunha. No entando, o triunfo foi por uma margem tão estreita que será necessário um grande acordo com os socialistas para destituir a atual prefeita, Ada Colau, de extrema esquerda.

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