Ataques aéreos feitos pelas Forças Armadas de Israel mataram ao menos 23 sírios em um edifício da cidade de Younine, no Líbano. Os bombardeiros foram na madrugada desta quinta-feira (26), no horário de Brasília, e também atingiram cerca de 75 alvos do Hezbollah no Líbano, informou a agência Reuters
O prefeito da cidade libanesa, Ali Qusas, em entrevista à agência, afirmou que a maioria das vítimas era formada por mulheres e crianças que estavam em um edifício de três andares; oito pessoas ficaram feridas.
Recentes bombardeios
Segundo as Forças Armadas de Israel, os alvos dos ataques incluíam instalações de armazenamento de armas do Hezbollah. Esse grupo extremista, baseado no Líbano, tem uma história de confrontos com Israel e foi responsável por ataques recentes contra cidades israelenses com mísseis e foguetes.
Líbano: conflito entre Israel e Hezbollah
De acordo com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, Israel está exercendo seu direito de defesa. Ele afirmou que o país não deseja uma guerra total, mas precisa agir para proteger seus cidadãos dos ataques do Hezbollah. Netanyahu destacou ainda a precisão dos ataques israelenses, garantindo que os alvos são exclusivamente estruturas do Hezbollah.
O Hezbollah, por sua vez, vê os bombardeios israelenses como atos de agressão. O grupo afirmou que um dos ataques atingiu a sede do Mossad, a agência de inteligência de Israel, utilizada para coordenar atividades contra o Hezbollah.
Consequências Humanitárias
O impacto dos conflitos na população civil tem sido devastador. O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, fez um apelo à comunidade internacional por um cessar-fogo imediato, afirmando que os hospitais libaneses estão sobrecarregados com civis feridos. Mikati criticou Israel por, segundo ele, visar alvos civis, fato que o governo de Israel nega.
Reações da comunidade internacional?
O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, expressou séria preocupação com a escalada do conflito. Ele alertou que o Líbano está à beira de um precipício e que a comunidade internacional precisa agir para evitar que o país se transforme em uma nova Gaza.
Benjamin Netanyahu tem um discurso previsto na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York. Há uma expectativa de que ele aborde a crise durante sua fala, destacando a perspectiva israelense e possivelmente aludindo às ações futuras do país.
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