ORIENTE MÉDIO

Autoridade relata entrada de mais de dois mil soldados sírios no Iraque

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Soldados e civis em Damasco – Créditos: depositphotos.com / gsafarek

A guerra civil na Síria é um dos conflitos mais complexos da história recente, iniciada como parte da Primavera Árabe em 2011. Este movimento teve início a partir de protestos pró-democracia reprimidos duramente pelo regime do presidente Bashar al-Assad. A repressão violenta escalou para um conflito armado. Neste sábado, 7, segundo o prefeito da cidade de Al-Qaim, Turki Al-Mahlawi, à Reuters, cerca de dois mil soldados do Exército da Síria procuraram refúgio no Iraque.

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O surgimento de uma força rebelde, o Exército Sírio Livre, marcou uma nova fase na luta contra o governo de Assad. Entretanto, a situação se complicou ainda mais com a ascensão de grupos extremistas, incluindo o Estado Islâmico, que conseguiu controlar vastas áreas do território sírio em seu apogeu. Esta evolução chamou a atenção de potências mundiais e atores regionais, levando a uma guerra multifacetada e de longa duração.

Facções, aliados e o Iraque

No decorrer dos anos, o conflito na Síria envolveu uma variedade de facções, cada uma com seus próprios objetivos e alianças. O governo sírio, liderado por Assad, conseguiu o apoio de potências como a Rússia e o Irã. Estes aliados forneceram assistência militar crucial para o regime, ajudando a reverter as conquistas territoriais dos rebeldes e do Estado Islâmico.

Por outro lado, os rebeldes receberam suporte de diversas nações ocidentais e do Oriente Médio, incluindo os Estados Unidos, Arábia Saudita e Turquia. A coalizão internacional liderada pelos americanos focou, em grande parte, no combate ao Estado Islâmico, organizando operações que eventualmente reduziram o domínio do grupo terrorista no país.

Partidos xiitas pró-governo do Iraque e grupos armados estão analisando os benefícios e riscos de uma possível intervenção militar na Síria, vendo o avanço dos rebeldes islâmicos sunitas como uma ameaça significativa.

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Os efeitos devastadores da guerra na Síria sobre sua população são profundos. De acordo com a ONU, mais de 300 mil civis perderam a vida durante o conflito, enquanto milhões foram deslocados tanto internamente quanto para países vizinhos e além. Esta crise humanitária levanta desafios significativos para a assistência humanitária e o reassentamento de refugiados em um ambiente global já sobrecarregado.

A guerra na Síria é frequentemente descrita como uma “guerra por procuração”, onde as potências mundiais exercem influência por meio de grupos locais. A Rússia, por exemplo, desempenhou um papel crucial apoiando o regime de Assad contra rebeldes e o Estado Islâmico, enquanto os Estados Unidos lideraram ações contra grupos terroristas, procurando, ao mesmo tempo, facilitar uma transição política que não envolvesse Assad no poder.

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