O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, recebeu o ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho nesta quinta-feira (23). Os representantes discutiram as negociações para desenvolver o quanto antes o acordo entre o Mercosul e a União Europeia (UE).
A visita ao Palácio do Itamaraty não foi apenas para tratar do compromisso entre os dois blocos econômicos, mas também para os preparativos da viagem da comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Portugal. Ele passará pelo país entre os dias 22 e 25 de abril, no que será a primeira viagem à Europa neste mandato.
O presidente Lula sinalizou, durante a visita do chanceler alemão, Olaf Scholz, sua intenção de encerrar as negociações ainda no primeiro semestre de 2023. “É importante o apoio português nessas negociações. De nossa parte é importante avançar”, destacou o chanceler brasileiro em concordância com a fala do chefe do executivo.
“O ideal seria que pudéssemos cumprir esses prazos, mas entendemos também que se for necessário um pouco mais de tempo, nós dedicaremos o tempo que for preciso, tendo em vista o amplo escopo do acordo e os detalhes finais que precisam ainda ser definidos”, concluiu Vieira.
O acordo entre UE e Mercosul foi aprovado em 2019 depois de ser negociado por 20 anos. Agora, é necessário que os parlamentos dos países dos dois blocos reavaliem os parâmetros definidos anos atrás para que entre em vigor em acordo com as necessidades atuais.
Como é preciso a aprovação dos parlamentos de todos os países de ambos os blocos o processo pode levar ainda mais tempo. A avaliação dos termos está travada em parlamentos europeus depois das decisões em relação à política ambiental do Brasil durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Lula também defende algumas mudanças, especialmente no que diz respeito ao acordo de livre comércio. O compromisso é interessante para a redução ou até eliminação de tarifas de importação de produtos comercializados tanto pelos países do Mercosul quanto para os países da UE. No total, o mercado dos dois blocos unem um mercado de 780 milhões de pessoas, equivalente a 20% do PIB mundial.
*Com informações de Agência Brasil