Cidades fantasmas na China são destinos curiosos para turistas

Cidade fantasma – Créditos: depositphotos.com / Prostock

A China, conhecida por seu rápido crescimento econômico e urbanização acelerada, abriga um fenômeno peculiar: as cidades fantasmas. Esses locais, com vastas áreas urbanas praticamente desabitadas, são resultado de um boom imobiliário que não se concretizou como esperado. O país possui cerca de 65 milhões de casas vazias, uma consequência direta de políticas de investimento em infraestrutura que não atraíram a população como planejado.

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Essas cidades, planejadas para acomodar milhões de pessoas, agora são destinos curiosos para turistas e exploradores urbanos. Entre os exemplos mais notáveis estão Kangbashi, Thames Town, Tianducheng, Chenggong e a Comunidade das State Guest Mansions. Cada uma dessas cidades oferece uma visão única sobre as ambições e desafios enfrentados pela China em sua busca por modernização e desenvolvimento urbano.

Por que as cidades fantasmas surgiram na China?

O surgimento das cidades fantasmas na China está intimamente ligado a uma crise econômica e a uma visão de mercado imobiliário como um investimento seguro. Durante anos, o governo chinês incentivou a construção de grandes projetos urbanos, esperando que a população migrasse para essas novas áreas. No entanto, a realidade foi diferente. Fatores como localização remota, altos custos de vida e economias locais instáveis contribuíram para a baixa ocupação dessas cidades.

Além disso, a especulação imobiliária levou ao desenvolvimento de áreas urbanas sem uma demanda real. O resultado foi uma série de cidades com infraestrutura moderna, mas sem a população necessária para sustentá-las. Este fenômeno não apenas destaca os desafios econômicos da China, mas também levanta questões sobre planejamento urbano e sustentabilidade.

Cidades fantasmas na China são destinos curiosos para turistas
Cidade fantasma – Créditos: depositphotos.com / mkopka

Quais são as principais cidades fantasmas na China?

Kangbashi: Localizada na Mongólia Interior, Kangbashi foi planejada para ser a nova capital de Ordos. Iniciada em 2004, a cidade foi projetada para abrigar um milhão de pessoas, mas atualmente tem apenas cerca de 153 mil habitantes. A localização remota e o alto custo de vida são fatores que contribuíram para seu status de cidade fantasma.

Thames Town: Inspirada em Londres, Thames Town está situada no distrito de Songjiang. Com elementos arquitetônicos que remetem à capital britânica, a cidade foi concluída em 2006 para acomodar 10 mil pessoas. No entanto, os altos preços das propriedades resultaram em baixa ocupação, tornando-a um destino popular para eventos e casamentos.

Tianducheng: Conhecida como a “Paris chinesa”, Tianducheng em Hangzhou possui uma réplica da Torre Eiffel e avenidas que lembram a Champs-Élysées. Planejada para 10 mil moradores, a cidade atraiu apenas 2 mil, consolidando-se como mais uma cidade fantasma.

O futuro das cidades fantasmas na China

Embora muitas dessas cidades ainda permaneçam subutilizadas, há sinais de mudança. Em locais como Chenggong, por exemplo, a construção de novas infraestruturas, como linhas de metrô, tem atraído mais moradores. Isso sugere que, com planejamento adequado e incentivos econômicos, algumas dessas cidades podem eventualmente se tornar vibrantes centros urbanos.

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No entanto, o fenômeno das cidades fantasmas continua a ser um lembrete dos desafios enfrentados pela China em sua rápida urbanização. A necessidade de um planejamento urbano mais sustentável e adaptado às necessidades reais da população é crucial para evitar que esses cenários se repitam no futuro.

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