
Com cartazes e fotos de seus entes queridos, parentes de reféns israelenses mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza protestaram nesta segunda-feira (17), quando o sequestro completou 500 dias. A manifestação ocorreu em frente à residência do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, em Jerusalém, e reuniu dezenas de pessoas.
Os manifestantes caminharam pelas ruas entoando palavras de ordem e pedindo mais empenho do governo para a libertação dos reféns. Após o ato, um grupo foi recebido por parlamentares para discutir o andamento das negociações e cobrar mais ações para trazer os sequestrados de volta ao país.
Qual foi a reivindicação dos familiares dos reféns?
Entre os participantes do protesto estava Einav Zangauker, mãe de Matan, um dos reféns mantidos pelo Hamas. Em discurso emocionado, ela afirmou: “Meus olhos ardem pelas lágrimas que derramo há 500 dias“. Aos parlamentares, fez um apelo direto: que “façam todo o possível para trazer” tanto seu filho quanto os demais reféns, “vivos“.
Matan foi sequestrado no kibutz Nir Oz em 7 de outubro de 2023, durante o ataque do Hamas. Dois meses depois, ele apareceu vivo em um vídeo divulgado pelo grupo extremista, mas desde então não há novas informações sobre seu estado de saúde.
Nos últimos meses, 19 reféns israelenses foram libertados como parte do acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas. Em troca, mais de 1.100 palestinos que estavam detidos em prisões israelenses foram soltos.
Espera por novas liberações
Uma autoridade de segurança israelense informou à agência Reuters que o país se prepara para receber os corpos de quatro reféns na quinta-feira (20) e seis prisioneiros vivos no sábado (22).
Se as transferências forem concluídas, restarão apenas quatro reféns do grupo inicial de 33 previstos para libertação na primeira fase do acordo. Todos são considerados mortos.
Além da marcha até a casa de Netanyahu, atos também foram organizados em Tel Aviv e outras cidades para marcar os 500 dias de cativeiro. As famílias continuam pressionando o governo israelense por novas negociações que possam garantir o retorno dos reféns que ainda permanecem em Gaza.
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