A Argentina aderiu à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, principal iniciativa do governo de Luiz Inácio Lula da Silva no G20. A adesão foi realizada na manhã desta segunda-feira (18), mas ocorreu somente após o presidente brasileiro ter feito o anúncio oficial.
O lançamento do programa foi feito por Lula no início da cúpula do G20. O brasileiro desempenhou um papel ativo na formação da aliança. A meta primordial é reunir compromissos globais que impactem positivamente esses problemas sociais urgentes.
Adesão e compromissos dos países
A adesão à aliança implica no anúncio de compromissos concretos por parte dos países envolvidos para combater a fome e a pobreza em seus respectivos territórios.
A maioria dos compromissos visa a implantação de políticas nacionais, embora haja também promessas de apoio financeiro a regiões em desenvolvimento. Um exemplo é o compromisso da Noruega em fornecer recursos significativos nesse sentido. A adesão, segundo o portal UOL, foi assinada por 82 países e a aliança agora conta com 148 membros fundadores.
Um destaque financeiro vem do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que anunciou um financiamento de US$ 25 bilhões, destinados a projetos na América Latina e Caribe. Este montante representa um passo crucial para a potencial concretização dos objetivos da aliança.
Qual é o impacto da política externa argentina sob Javier Milei?
Com Javier Milei na presidência, a Argentina adotou uma postura notoriamente distinta nos fóruns multilaterais. Conhecido por seu posicionamento antiglobalista, Milei se opôs a certas declarações conjuntas em eventos como o G20.
Além de sua recusa em endossar documentos relacionados à igualdade de gênero e desenvolvimento sustentável, Milei tem expressado críticas severas à globalização, ecoando opiniões semelhantes às de líderes como Donald Trump.
Presidente da Argentina chega atrasado
O presidente argentino saiu do hotel às 10h15 para o evento que estava marcado às 10h. Como os cumprimentos às autoridades se alongaram, Lula só foi discursar mais tarde. O último a chegar ao evento foi o presidente da Colômbia, Gustavo Petro.
A mudança de postura marca uma divergência em relação às tradições diplomáticas argentinas. Historicamente, a Argentina apoiou pautas relacionadas aos direitos humanos e desenvolvimento sustentável.
Contudo, a abordagem de Milei aponta para uma visão cética em relação às vantagens das organizações multilaterais, destacando uma perspectiva protecionista que prioriza o fortalecimento das identidades nacionais frente às pressões globais.
1st Session of the G20 Leaders’ Meeting: Fighting Hunger and Poverty. World leaders discuss global solutions to eradicate hunger, reduce social inequality, and promote sustainable development and food security to ensure a fairer and more equal future. pic.twitter.com/8xmmvFPJbu
— G20 Brasil (@g20org) November 18, 2024
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