troca de acusações

Governo Milei ameaça Venezuela por causa de policial preso

Créditos: Reprodução/Instagram

As relações entre Argentina e Venezuela têm enfrentado tensões significativas. A prisão do policial argentino Nahuel Agustín Gallo pela polícia venezuelana é o mais recente capítulo deste conflito. Gallo foi detido ao tentar entrar na Venezuela pela fronteira terrestre com a Colômbia para se encontrar com sua esposa e filha residentes no país. Entretanto, a Venezuela alega que Gallo fazia parte de um complô contra o governo de Nicolás Maduro, o que levou a uma forte reação do governo argentino.

Publicidade

As autoridades argentinas classificaram a prisão de Gallo como um “sequestro” e exigiram sua liberação imediata. A ministra de Segurança Pública da Argentina, Patricia Bullrich, afirmou que se trata de uma manobra da ditadura venezuelana para encobrir sua debilidade. Esta situação agravou ainda mais as já tensas relações diplomáticas entre os dois países, que se deterioraram após a ruptura das relações diplomáticas pelo governo de Javier Milei.

Qual é o impacto das acusações de conspiração?

As acusações de que Gallo participava de um plano conspiratório são baseadas em declarações do governo venezuelano, lideradas por Diosdado Cabello, que apontou inconsistências entre o estilo de vida do policial e seu salário. Segundo Cabello, o agente não teria razões convincentes para suas viagens ao exterior frequentes, alimentando suspeitas sobre suas intenções. A Venezuela também apresentou acusações mais amplas contra elementos supostamente violentos introduzidos no país sob influência argentina.

Por outro lado, as autoridades argentinas negam veementemente essas acusações. Elas argumentam que Gallo apenas viajou para visitar sua família e que a Venezuela não apresentou provas concretas para justificar sua prisão. A situação é agravada pelo cerco à embaixada argentina em Caracas, onde opositores ao governo venezuelano buscam refúgio desde o rompimento das relações diplomáticas.

Como a Argentina reage à crise diplomática?

A Argentina, desde a prisão de Gallo, tem buscado mobilizar apoio internacional para pressionar a Venezuela a libertar o policial. Em declarações feitas ao Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), o governo argentino denunciou a violação dos direitos diplomáticos e o uso de terror psicológico por parte das autoridades venezuelanas.

Além disso, o chanceler argentino, Gerardo Werthein, destacou que o tratamento dado ao caso de Gallo, assim como a outros estrangeiros detidos, possui motivações políticas, configurando uma forma de chantagem para obter reconhecimento para o governo de Maduro. O governo argentino continua a exigir esclarecimentos da Venezuela e a liberdade de seu cidadão.

Casos de detenção e a reação internacional

Gallo não é o único estrangeiro detido pelas autoridades venezuelanas sob acusações de espionagem e conspiração. Cerca de 20 estrangeiros de várias nacionalidades, incluindo bolivianos, colombianos, espanhóis e americanos, foram presos em meio ao clima de tensão política no país. O caso dos espanhóis José María Basoa e Andrés Martínez ganhou notoriedade internacional, sendo eles acusados de serem “turistas terroristas”.

 

Publicidade

Leia também: Argentina tem planos de usar inteligência artificial para antecipar crimes

Publicidade

Siga a gente no Google Notícias

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.