As recentes declarações de Donald Trump sobre os reféns em Gaza provocaram forte reação do Hamas, que o acusou de incentivar o governo de Benjamin Netanyahu a endurecer sua posição. O grupo afirmou nesta quinta-feira (6) que as ameaças do ex-presidente americano servem como um aval para Israel reforçar o cerco à Faixa de Gaza e agravar a crise humanitária.
A resposta do Hamas veio após uma publicação de Trump na rede Truth Social, na quarta-feira (5), em que exigiu que o grupo “libertasse todos os reféns agora, não depois”, incluindo os corpos que mantém sob seu poder, e acrescentou: “ou ACABOU para vocês”.
O contexto da declaração envolve a negociação dos Estados Unidos sobre os reféns e o cessar-fogo em Gaza. A postura de Washington, que tradicionalmente evita contato com organizações classificadas como terroristas, marca uma mudança na abordagem americana em relação ao conflito.
EUA romperam padrão ao negociar diretamente com o Hamas?
As conversas entre os EUA e o Hamas foram confirmadas tanto por uma autoridade israelense quanto pela Casa Branca. Segundo a CNN, Israel tem conhecimento dessas tratativas. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, também reconheceu que o diálogo está acontecendo.
O site Axios foi o primeiro a revelar que as negociações ocorreram nas últimas semanas em Doha, capital do Catar. A iniciativa dos EUA representa um afastamento da prática adotada por governos anteriores, que evitavam qualquer contato com o Hamas.
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Apesar do diálogo, a tensão entre as partes continua. Israel segue pressionando militarmente Gaza, enquanto os Estados Unidos tentam intermediar um acordo. O posicionamento de Trump adiciona um novo elemento ao cenário, sugerindo um alinhamento mais próximo com a estratégia de Netanyahu.
O impacto das declarações do ex-presidente ainda é incerto, mas a resposta do Hamas indica que as tensões permanecem elevadas, tanto na região quanto no cenário diplomático internacional.
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