O Hamas informou nesta sexta-feira (14) que libertará três reféns israelenses no sábado (15), cumprindo parte do acordo de cessar-fogo estabelecido com Israel. O grupo também divulgou as identidades das vítimas.
Os reféns são Sagui Dekel-Chen, cidadão americano-israelense, Alexandre Sasha Troufanov, russo-israelense, e Iair Horn, israelense. Troufanov está sob custódia da Jihad Islâmica, grupo palestino aliado do Hamas, e será solto separadamente. Como contrapartida, Israel deve libertar 369 prisioneiros palestinos, de acordo com o escritório de mídia do Hamas.
Cessar-fogo em risco? Libertação de reféns ainda enfrenta impasses
A decisão do Hamas ocorre em meio a um cenário de incerteza sobre a continuidade da trégua. Nos últimos dias, o grupo havia suspendido as liberações “até nova ordem“, alegando que Israel não estava cumprindo os termos do acordo. A crise foi amenizada após intensas negociações intermediadas pelo Egito e pelo Catar, com respaldo dos Estados Unidos.
A troca de prisioneiros tem sido um dos pontos mais sensíveis da trégua entre as partes. Desde o início do acordo, dezenas de reféns foram libertados pelo Hamas, enquanto Israel soltou centenas de palestinos detidos em suas prisões. No entanto, as acusações mútuas de descumprimento das regras têm dificultado a estabilidade do cessar-fogo.
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A Cruz Vermelha, que atua na intermediação das libertações, expressou preocupação com a situação dos reféns ainda mantidos em Gaza.
“As últimas operações de libertação reforçam a necessidade urgente de que o CICV possa ter acesso aos reféns. Estamos muito preocupados com a situação dos reféns“, declarou a organização em comunicado na rede social X.
O alerta da Cruz Vermelha se intensificou após a divulgação de imagens dos três reféns libertados no último sábado (8), que apareceram extremamente magros, o que gerou indignação em Israel. O governo israelense acusa o Hamas de submetê-los a condições degradantes.
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