O Hamas anunciou nesta quinta-feira (13) que seguirá os termos do cessar-fogo e entregará três reféns israelenses no sábado. O compromisso foi assumido após intensa pressão de mediadores, que tentam garantir a continuidade do acordo e a retomada das trocas de prisioneiros.
A decisão surge em meio a um cenário tenso, com acusações mútuas entre Israel e o Hamas sobre violações do pacto. Desde quarta-feira (12), representantes das partes envolvidas intensificaram as negociações para evitar o colapso da trégua. Segundo uma autoridade palestina ouvida pela agência Reuters, ambos os lados concordaram em prosseguir com a implementação do cessar-fogo na Faixa de Gaza.
O grupo extremista já havia divulgado um comunicado reafirmando que não deseja o fim da trégua, que interrompeu o conflito no território palestino após 15 meses de guerra. No entanto, o impasse fez crescer os temores de uma retomada das hostilidades.
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O governo israelense alertou que retomará os ataques caso os reféns não sejam soltos dentro do prazo estipulado. A tensão aumentou nos últimos dias, e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ordenou que reservistas fossem convocados para uma possível retomada dos combates.
O Hamas, por sua vez, justificou a suspensão temporária da libertação dos prisioneiros acusando Israel de “atrasar o retorno de pessoas deslocadas ao norte de Gaza” e de “atingindo-as com bombardeios e tiros em várias áreas da Faixa”. Além disso, o grupo afirma que o governo israelense não cumpriu integralmente o acordo sobre o fornecimento de ajuda humanitária à população palestina.
Israel rebateu as acusações, alegando que o Hamas descumpriu os termos da negociação e classificou a atitude do grupo como “violação completa do acordo de cessar-fogo e do acordo para libertar os reféns“.
A comunidade internacional também acompanha de perto a situação. Na terça-feira (11), o presidente dos EUA, Donald Trump, reforçou o ultimato dado ao Hamas no dia anterior, declarando que Gaza viraria um inferno caso o grupo não libertasse todos os reféns até o fim de semana.
Netanyahu repetiu a ameaça e garantiu que, se o prazo não for cumprido, os ataques serão retomados no sábado ao meio-dia.
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