Israel e o Hezbollah se acusaram mutuamente, nesta quinta-feira (28), de violação do acordo de cessar-fogo em vigor no Líbano. A trégua havia começado na quarta-feira (27).
Os confrontos na região sul do Líbano continuam a ser um foco de tensão internacional. Recentemente, tanques israelenses, segundo a Reuters, dispararam na cidade libanesa de Markaba, o que gerou novas alegações de violação do acordo de cessar-fogo.
Cessar-fogo entre Israel e Hezbollah
O cessar-fogo, mediado pelos Estados Unidos e França, estipula que ambos os lados retirem gradualmente suas tropas da área e que a segurança fique sob a responsabilidade do Exército libanês e das forças da ONU.
O Exército de Israel defendeu suas ações citando a presença suspeita de veículos em várias áreas do sul do Líbano. Tais movimentos são vistos como uma quebra do acordo de cessar-fogo por parte do Hezbollah, acusação que ecoa um dos pontos mais contestados do próprio acordo: a prerrogativa de Israel de reagir a qualquer movimentação que considere uma ameaça.
Qual é a situação atual no sul do Líbano?
No fim da noite de quarta-feira (27), Israel impôs um toque de recolher aos moradores do sul do Líbano para poder controlar a possível movimentação de tropas do Hezbollah.
Desde o início da guerra em setembro, a região é palco de intensos combates entre forças israelenses e combatentes do Hezbollah. O atual cessar-fogo visa interromper a violência que resultou em milhares de vítimas civis, conforme relatos do Ministério da Saúde do Líbano.
Nesta fase delicada, tanto o Exército libanês quanto a ONU desempenham papéis importantes. Sob supervisão internacional, essas forças buscam preservar a ordem e facilitar a retirada controlada das tropas ao longo da fronteira com Israel, área tradicionalmente influenciada pelo Hezbollah.
Comunidade internacional
A reação ao cessar-fogo no Líbano tem sido de apoio cauteloso. Estados Unidos e França continuam supervisando o progresso do acordo. A comunidade internacional aguarda com expectativa que as medidas de desescalada contribuam para a paz no Oriente Médio em meio a outras crises regionais paralelas.
A tensão nas fronteiras palestinas, como a recente ofensiva em Gaza, reflete a complexidade e interconexão dos conflitos no Oriente Médio.
O presidente dos EUA, Joe Biden, reafirmou o compromisso em buscar uma trégua também para Gaza, sublinhando a urgência de soluções multilaterais e diplomáticas para conflitos prolongados na região.
עדכון חשוב ממני אליכם >> pic.twitter.com/wXKsh0zkK0
— Benjamin Netanyahu – בנימין נתניהו (@netanyahu) November 26, 2024
Leia mais: Israel confirma morte de possível sucessor de líder do Hezbollah