
As Forças Armadas de Israel mobilizaram tropas para um possível reinício dos combates na Faixa de Gaza, caso o Hamas não cumpra o prazo estabelecido para a libertação de reféns israelenses. O cessar-fogo, em vigor desde 19 de janeiro, pode ser rompido neste sábado (15) se o grupo não soltar ao menos três prisioneiros, conforme acordado.
Nos últimos dias, o Hamas afirmou ter suspendido as liberações, alegando que Israel teria violado os termos do acordo. A tensão aumentou ainda mais quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que todos os reféns deveriam ser libertados até o meio-dia de sábado ou ele “deixaria o inferno explodir”.
O conflito em Gaza pode se agravar?
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, avisou na terça-feira (11) que o país retomará “combates intensos” se o Hamas não cumprir o prazo. No entanto, não especificou quantos reféns precisarão ser libertados para evitar a ofensiva.
Diante da incerteza, o governo israelense ordenou que o Exército reunisse mais tropas em Gaza e nos arredores. Pouco depois, os militares anunciaram o envio de reforços para o sul do país, incluindo a mobilização de reservistas.
O impasse ameaça reacender um conflito que já devastou a Faixa de Gaza, desalojou milhões de palestinos e agravou a escassez de alimentos, água e abrigo. A crise também elevou o risco de uma escalada regional.
Integrantes do governo israelense demonstraram apoio à ameaça de Trump de “cancelar” o cessar-fogo se os reféns não forem soltos até sábado. O Hamas, por sua vez, declarou que segue comprometido com o acordo, mas não confirmou novas liberações.
Um negociador palestino afirmou que mediadores intensificaram seus esforços para evitar um colapso total da trégua. Questionado sobre o andamento das tratativas, um representante do Hamas disse à agência Reuters apenas que “os contatos estão em andamento”.
A guerra começou após o ataque do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023, que deixou pelo menos 1.200 mortos e resultou na captura de mais de 250 reféns, segundo dados israelenses. Como resposta, Israel lançou uma ofensiva militar que já matou mais de 48 mil pessoas na Faixa de Gaza, de acordo com autoridades de saúde locais.
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