O diretor do hospital Kamal Adwan, no norte de Gaza, informou que Israel efetuou vários ataques contra o centro médico, um dos últimos ainda em funcionamento na região, nesta sexta-feira (6). A agência de Defesa Civil do território palestino também confirmou a informação.
Este centro médico tem desempenhado um papel importante em meio ao aumento das tensões e ataques na região. Durante o período, Israel realizou diversas operações militares, que incluíram o ataque a várias áreas estratégicas, agravando ainda mais a situação humanitária na localidade.
Diretor do hospital fala sobre ataques
“Houve uma série de ataques aéreos nos lados norte e oeste do hospital, acompanhados de tiros intensos e diretos”, afirmou o diretor Hossam Abu Safieh, que também contou que quatro funcionários morreram e não há mais cirurgiões no local. As informações são do g1.
O hospital, situado no norte de Gaza, é um dos poucos ainda operacionais na região controlada pelo Hamas. Durante os ataques, ocorridos numa sexta-feira, registraram-se também danos significativos nas partes norte e oeste da instalação médica.
Os ataques geraram uma reação imediata da Organização Mundial da Saúde (OMS), que expressou preocupações quanto à segurança e acessibilidade de equipes médicas no local. A entrada de uma equipe médica de emergência, que havia sido facilitada apenas uma semana antes pelos israelenses, foi colocada em risco, intensificando o alerta sobre a crise humanitária.
Qual é a posição das organizações internacionais sobre o conflito?
A OMS e outras entidades de saúde têm monitorado atentamente a situação. Elas enfatizam a importância de acesso seguro e desobstruído a cuidados de saúde, especialmente em zonas de conflito. Rik Peeperkorn, representante regional da OMS, expressou que os recentes eventos exacerbaram a fragilidade da infraestrutura médica em Gaza.
As denúncias de ataques sem aviso prévio levantam questões significativas sobre a proteção de civis e infraestrutura humanitária em tempos de conflito.
A coordenada aliança de organizações humanitárias continua a fazer apelos pela cessação de hostilidades e retorno a um ambiente que possibilite a prestação de serviços de saúde essenciais à população palestina, já gravemente afetada pelo prolongado cerco.
2024 was the deadliest year on record for aid workers. 281 humanitarian staff and volunteers have been killed globally, 96% of whom are local/national staff.
Violations of international humanitarian law are the single most important barrier for assisting and protecting people in… pic.twitter.com/I7uAmeP5Om
— World Health Organization (WHO) (@WHO) December 5, 2024
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