La Niña não será suficiente para conter o aquecimento de 2024

La Niña não será suficiente para conter o aquecimento de 2024
La Niña não será suficiente para conter o aquecimento de 2024 – Créditos: depositphotos.com / tenedos

Em meio às crescentes preocupações com o aquecimento global, a chegada do fenômeno La Niña em 2024 se destaca como um ponto de esperança para uma breve mudança climática. Tal fenômeno, caracterizado pelo resfriamento das águas da faixa equatorial do Oceano Pacífico, gera menos calor e mais precipitações em diversas regiões, influenciando de forma significativa os padrões climáticos globais.

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A Organização Meteorológica Mundial (OMM) permanece vigilante, monitorando a evolução deste fenômeno. A expectativa era de que a La Niña pudesse suavizar o calor intenso experimentado globalmente, especialmente após um período de El Niño extremamente quente. No entanto, apesar das expectativas, as previsões para uma La Niña forte diminuíram, indicando um impacto menor do que o esperado inicialmente.

Quais são os efeitos da La Niña no Brasil?

A La Niña tem efeitos contrastantes nas diferentes regiões do Brasil. De modo geral, seus efeitos tendem a ser mais acentuados nas seguintes áreas:

  • Norte e Nordeste: Um aumento na quantidade de chuvas é comumente observado, aliviando secas prolongadas e promovendo a agricultura local.
  • Centro-Sul: O fenômeno geralmente traz um clima mais seco, com padrões de chuva menos regulares, afetando a safra agrícola.
  • Região Sul: Tendência de clima mais seco, impactando as atividades econômicas que dependem de chuvas regulares.

Além disso, as massas de ar frio se tornam mais predominantes no Brasil, provocando uma variação térmica mais significativa que em anos sem a presença da La Niña.

Resfriamento do Atlântico e La Niña: Desafios climáticos para o Brasil
Oceano agitado – Créditos: depositphotos.com / karelstudio

A La Niña pode realmente amenizar o aquecimento global?

A expectativa de que a La Niña poderia mitigar o calor crescente de 2024 foi abalada pelas previsões mais recentes. De acordo com a OMM, embora a La Niña possa exercer um efeito de resfriamento temporário, esse impacto é insuficiente para compensar o aquecimento persistente causado pelos altos níveis de gases do efeito estufa na atmosfera.

2024 será o ano mais quente da história?

O ano de 2024 caminha para ser o mais quente já registrado, superando o recorde estabelecido por seu predecessor. As altas temperaturas marinhas observadas em todas as bacias oceânicas, exceto no Pacífico oriental quase equatorial, são determinantes para essa tendência de aquecimento. Tais condições oceanográficas apresentam desafios adicionais para a efetividade do resfriamento induzido pela La Niña.

A comunidade científica continua a enfatizar a importância de ações globais coordenadas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Embora fenômenos naturais como a La Niña e o El Niño desempenhem papéis importantes no clima global, eles não são soluções para o problema subjacente do aquecimento global. A resposta efetiva a esta crise climática depende da responsabilidade coletiva e de focar em medidas sustentáveis a longo prazo.

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