La Niña pode chegar com força menor, mas seus efeitos ainda podem ser severos

Aquecimento global sem precedentes: 2024 supera limite crítico de 1,5°C
Calor e chuvas fora da curva podem mudar tudo no Brasil – Créditos: depositphotos.com / thenews2.com

O fenômeno La Niña tem sido um tema constante entre meteorologistas e estudiosos do clima, especialmente em momentos de incerteza sobre sua manifestação. Com o avanço de novembro, ainda não há confirmação de um evento de La Niña no Oceano Pacífico devido à persistência de condições neutras. No entanto, uma “língua” de águas mais frias sugere uma proximidade desse fenômeno.

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As condições climáticas no Oceano Pacífico têm um grande impacto nos padrões meteorológicos globais. A neutralidade, que se mantém desde o término do último El Niño, contrasta com a típica assinatura de águas frias de La Niña. Esta situação levanta dúvidas sobre se os requisitos necessários serão atendidos para que o fenômeno seja oficialmente declarado.

Quais são os critérios para a declaração de La Niña?

A definição de um evento La Niña vai além da presença de águas frias nos oceanos. Fatores como o padrão de ventos alísios na região tropical e o comportamento das chuvas na área da Indonésia também são considerações essenciais. Atualmente, a anomalia de temperatura na região crítica do Oceano Pacífico permanece em níveis neutros, assim como os padrões de ventos associados têm mostrado variação.

As previsões da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA) indicam que, se o fenômeno ocorrer, será em intensidade muito reduzida. O cenário provável para os próximos meses sugere uma continuidade da neutralidade, com chances variando ao longo do tempo conforme novos dados são analisados.

Como a La Niña afeta as condições climáticas globais?

La Niña é caracterizada por temperaturas abaixo da média no Oceano Pacífico equatorial central e oriental, impactando significantemente os padrões climáticos globais. Durante sua presença, os ventos alísios se intensificam, levando a alterações nos padrões de precipitação e temperatura em regiões distintas.

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No Brasil, o impacto difere conforme a região: o Sul pode enfrentar seca, enquanto o Norte e Nordeste podem ver aumento significativo de chuvas. Globalmente, uma presença marcante de La Niña tende a acentuar a entrada de massas de ar frio em algumas áreas, contrapondo ondas de calor e influenciando a temperatura planetária média.

Criança pulando em poça d’água – Créditos: depositphotos.com / macniak

Qual é a probabilidade de La Niña mais intenso nos próximos meses?

Apesar das estimativas da agência norte-americana NOAA, a probabilidade de ocorrência de um La Niña mais intenso parece cada vez mais improvável para os próximos meses. Comparando com agências internacionais, há critérios divergentes, como observado pela Agência de Meteorologia da Austrália (BoM), que tem limites mais rigorosos para classificação desse fenômeno.

O impacto de curto prazo do fenômeno permaneceria dentro das faixas limítrofes entre neutralidade e La Niña, o que pode resultar em anomalias climáticas menores do que o usual. A expectativa é que a fase neutra prevaleça, enquanto previsões contínuas são realizadas para ajustar as probabilidades conforme as observações atualizadas se tornam disponíveis.

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Quais os impactos pós-La Niña no Brasil?

A última manifestação significativa de La Niña, ocorrida entre 2020 e 2023, destacou a fragilidade de regiões ao sul do Brasil a eventos prolongados de seca, além de crises hídricas nos países vizinhos, como Uruguai e Argentina. Esse fenômeno exemplifica seu potencial de alterar drasticamente as condições climáticas, demandando estratégias de adaptação e mitigação.

Caso uma nova La Niña se estabeleça, mesmo que breve e de baixa intensidade, ainda poderá trazer desafios climáticos. Preparativos para eventuais estiagens ou precipitações devem ser considerados para minimizar possíveis danos em diferentes setores, principalmente na agricultura e manejo de recursos hídricos.

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