
A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio gerou forte reação entre líderes internacionais. Autoridades da União Europeia, Canadá, Coreia do Sul e Alemanha expressaram preocupação com os impactos econômicos da medida.
O comissário de comércio da União Europeia, Maros Sefcovic, afirmou ao Parlamento Europeu, nesta terça-feira (11), que a política norte-americana pode agravar a inflação global. Para ele, as tarifas são prejudiciais a todos os envolvidos. Apesar disso, garantiu que o bloco segue comprometido em buscar uma solução negociada com os Estados Unidos.
Como a União Europeia pretende reagir às tarifas sobre o aço e alumínio?
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou que a União Europeia não aceitará a decisão sem resposta. “A União Europeia não deixará a decisão do governo americano de impor tarifas de importação sobre o aço europeu ficar sem resposta”, afirmou.
Em uma publicação na rede social X, von der Leyen lamentou a medida imposta pelos EUA. “Tarifas injustificadas sobre a UE não ficarão sem resposta”, completou.
I deeply regret the U.S. decision to impose tariffs on European steel and aluminum exports.
The EU will act to safeguard its economic interests.
We will protect our workers, businesses and consumers ↓
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) February 11, 2025
No Canadá, o primeiro-ministro Justin Trudeau também criticou a decisão de Washington. Durante um evento sobre inteligência artificial em Paris, declarou que seu governo destacará os impactos negativos das tarifas sobre aço e alumínio. “Os canadenses se levantarão forte e firmemente se necessário”, afirmou. Trudeau classificou a iniciativa norte-americana como “inaceitável” e disse que, se necessário, o Canadá responderá de forma firme e clara.
Na Ásia, o presidente em exercício da Coreia do Sul, Choi Sang-mok, anunciou que buscará negociações com os EUA para proteger os interesses das empresas sul-coreanas. O ministro do Comércio do país, Cheong In-kyo, avaliou que as tarifas podem reduzir a demanda por aço norte-americano e prejudicar os exportadores de aço. No entanto, ele ponderou que a medida pode abrir novas oportunidades para empresas sul-coreanas em outros mercados.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, também se manifestou sobre o tema. Em uma publicação no X, ressaltou a importância da Alemanha no comércio global. “Se a UE se tornar alvo de tarifas dos EUA, como já é o caso do aço e do alumínio, seremos mais dependentes da solidariedade europeia do que qualquer outro país”, escreveu.
Wir profitieren von Europa wie kein zweites Land. Wir sind das größte Exportland. Wenn die EU ins Visier von US-Zöllen gerät, so wie jetzt schon bei Stahl und Aluminium, dann sind wir stärker auf europäische Solidarität angewiesen als jedes andere Land. #Regierungserklärung
— Bundeskanzler Olaf Scholz (@Bundeskanzler) February 11, 2025
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