Nesta segunda-feira (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou por uma operação de emergência em decorrência de uma hemorragia intracranial. De acordo com o neurocientista Jorge Mandolesi, a condição do hematoma do brasileiro é a mesma registrada previamente pela ex-presidente argentina Cristina Kirchner.
“O caso de Lula especificamente me informo unicamente através das notícias, não tenho informação direta dos seus médicos nem aos seus exames. Porém, o que é descrito é que ele teve um hematoma subdural crônico, debaixo das meninges. Foi por causa da queda que teve uns meses atrás”, afirmou em entrevista ao jornalista Modo Fontevecchia.
Hematoma na terceira idade
Mandolesi é chefe de neurocirurgia no Instituto de Neurociências da Fundação Favaloro. Sua equipe realizou a operação médica de Kirchner em 2013 após a política sofrer um traumatismo craniano. “Conheço bem o caso de Cristina. Pelo que descrevem, é exatamente a mesma coisa. Pode variar a zona do machucado, se é mais para frente ou mais para trás, maior ou menor. Posso desconhecer o caso, mas a patologia é a mesma”.
De acordo com o neurocirurgião, a idade é um fator de risco para derrames depois de traumatismos cranianos. “Pode ser assintomático no momento da batida, tirando a dor do impacto. O pequeno sangramento pode passar dias absorvendo líquido, como se fosse uma esponja. O acúmulo que vai crescendo lentamente começa a ocupar um espaço. O cérebro começa a se adaptar e vai abrindo espaço para o inchaço. Até que, em um determinado momento, como o cérebro está cercado por uma caixa rígida que é o crâneo, não tem para onde escapar. A compressão, então, começa a se manifestar em sintomas. No caso do Lula, foi a dor de cabeça”.
O médico também acrescenta que a idade contribui para a perda do equilíbrio, que também pode se apresentar como fator de risco para traumatismos cranianos. “Por isso que insisto tanto na necessidade de continuar com a atividade física”.
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— Lula (@LulaOficial) December 11, 2024
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