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Lula quebra tradição de 40 anos ao enviar chanceler para posse de Milei

Published 10/12/2023
Mensagem de Natal de Lula terá chamado à união dos brasileiros

Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva - Crédito: Ricardo Stuckert

O presidente Lula decidiu não ir à posse de Javier Milei na Argentina e optou por enviar apenas o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, como seu representante durante evento neste domingo (10), em Buenos Aires. A decisão marca, em quatro décadas, que o Brasil não será representado por seu presidente ou por seu vice.

Essa é uma decisão inédita depois da redemocratização dos dois países. A última vez que um presidente brasileiro ou seu vice não esteve em Buenos Aires para celebrar o início do governo novo do país vizinho ocorreu na posse de Raul Alfonsín, em 1983.

Lula avaliou que não haveria clima para ele próprio comparecer à posse, depois de ser xingado por Milei durante a campanha — o argentino chegou a chamar o petista de “corrupto” e “comunista”.

Chanceleres também representam deferência, embora menos que os dois primeiros membros da linha sucessória de um país. Quando não costuma haver grande proximidade entre os governos, costuma-se designar o embaixador do país para acompanhara as cerimônias. Essa situação chegou a ser cogitada por alguns auxiliares de Lula.

Já eleito, Milei mudou de postura e passou a fazer gestos em direção ao presidente brasileiro. O mais contundente deles foi enviar uma carta convidando Lula para a posse e falando em “construção de laços” entre os dois.

O chefe do Palácio do Planalto, porém, foi aconselhado a não comparecer à posse mesmo assim. O petista chegou a cogitar enviar o vice-presidente Geraldo Alckmin como seu representante, mas descartou a hipótese posteriormente.

Bolsonaristas na posse

Sem Lula, a posse de Milei está recheada de nomes da direita brasileira. Entre eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro e os governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo), Ronaldo Caiado (Goiás) e Jorginho Mello (Santa Catarina).

A comitiva bolsonarista em Buenos Aires conta ainda com uma série de senadores, deputados federais e estaduais e ex-ministros de Bolsonaro. O grupo deve retornar na segunda-feira (11).

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