ENTENDA

Milei demite chanceler após voto pró-Cuba na ONU

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Javier Milei – Crédito: Reprodução/Instagram

O presidente da Argentina, Javier Milei, tomou a decisão de demitir Diana Mondino, ministra das Relações Exteriores, após um voto controverso na Assembleia Geral das Nações Unidas. A decisão veio depois que a chanceler se manifestou a favor do fim do embargo comercial dos Estados Unidos a Cuba, posicionando-se junto a nações que tradicionalmente defendem Cuba em questões diplomáticas.

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A votação na ONU ocorreu na quarta-feira e resultou em 187 votos a favor da resolução contra o embargo, com apenas Estados Unidos e Israel se opondo. Essa foi a 32ª votação sobre o tema na organização, o que destaca a persistência do assunto na agenda internacional. Milei, no entanto, fez uma escolha política clara ao demitir Mondino, que gerou uma repercussão significativa no cenário político argentino.

“Nosso país se opõe categoricamente à ditadura cubana e se manterá firme na promoção de uma política exterior que condene todos os regimes de perpetuação da violação dos direitos humanos e liberdades individuais”, afirmou Milei.

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Impacto do voto da chanceler na política interna da Argentina

A decisão de votar a favor da resolução gerou tensões dentro do governo argentino, acirrando os ânimos de figuras políticas alinhadas a Milei. O presidente teria demonstrado insatisfação com o voto favorável, que ele interpretou como um movimento em direção a regimes que ele classifica como “comunistas”. Essa situação interna foi complexificada pela estratégia da Argentina de angariar apoio diplomático na questão das Ilhas Malvinas, também conhecidas como Falklands pelo Reino Unido.

Essa tensão reflete um dilema contínuo entre manter uma posição de neutralidade em questões globais e garantir apoios estratégicos para interesses nacionais específicos, como a histórica disputa pela soberania das Malvinas. O voto criava, assim, um entrave na busca por aliados em fóruns internacionais críticos.

Com a saída de Diana Mondino, Javier Milei anunciou que Gerardo Werthein, atual embaixador da Argentina nos Estados Unidos, assumirá o cargo de ministro das Relações Exteriores. O novo chanceler é conhecido por manter uma relação próxima com parceiros internacionais fundamentais, especialmente os Estados Unidos, o que pode sinalizar uma tentativa de realinhar a política externa argentina.

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Polêmicas em torno das Ilhas Malvinas continuam

A questão das Ilhas Malvinas é um desafio contínuo nas relações internacionais da Argentina. No mesmo mês do voto na ONU, surgiu uma nova polêmica quando o Ministério da Defesa argentino referiu-se às ilhas pelo nome adotado pelo Reino Unido – “Falklands” – em um comunicado oficial.

A ministra Mondino, na ocasião, prometeu demitir o responsável pelo comunicado. Esse incidente gerou críticas generalizadas tanto do governo quanto da oposição. A abordagem das Malvinas permanece uma questão sensível, que constantemente desafia a diplomacia argentina.

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