As concentrações também ocorreram em diversas cidades do interior, como Córdoba, Rosario, Mendoza, San Juan e Paraná, entre outras, com as mesmas consignas.
Esta data e a mobilização ganham relevância durante um governo que, em três meses de gestão, determinou o fechamento do Ministério das Mulheres, Gêneros e Diversidade, do Instituto Nacional contra a Discriminação, a Xenofobia e o Racismo (INADI), proibiu o uso de linguagem inclusiva na administração pública, uma deputada da La Libertad Avanza apresentou um projeto de lei para revogar a legislação de aborto legal sancionada em dezembro de 2020 e, esta manhã, decidiu que o Salão das Mulheres passará a se chamar “Salão dos Heróis”. Manuel Adorni, porta-voz do presidente Javier Milei, afirmou que “ter um Salão das Mulheres talvez seja discriminatório para os homens”.
A Campanha pelo Aborto Legal, Seguro e Gratuito na Argentina convidou a participarem da marcha com lenços verdes para defender a lei sancionada em 2020, diante da possibilidade do atual governo buscar sua revogação.
Por sua vez, a CTA (Central de Trabalhadores da Argentina) e a CGT (Confederação Geral do Trabalho) convocaram a sair às ruas neste 8 de março: “Em unidade, os feminismos organizados nas centrais sindicais saem novamente às ruas. Não há justiça social sem igualdade de gênero”.