cenas de pânico

O que se sabe sobre ataque com homem-bomba e atiradores em praia da Somália

De acordo com informações da imprensa local, o atentado foi perpetrado por militantes do grupo al-Shabab, que controla vastas áreas do sul e centro do país

Um ataque que ocorreu na capital da Somália, Mogadíscio, neste sábado (3), resultou na morte de pelo menos 32 pessoas.
Ataque ocorreu no distrito de Abdiaziz, em Mogadíscio – Crédito: Reprodução

Um ataque que ocorreu na capital da Somália, Mogadíscio, neste sábado (3), resultou na morte de pelo menos 32 pessoas. Um homem-bomba e atiradores realizaram o atentado em uma praia popular, conforme informou Abdifatah Adan Hassan, porta-voz da polícia. Cerca de 63 pessoas ficaram feridas, algumas em estado crítico.

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De acordo com informações da imprensa local, o ataque foi perpetrado por militantes do grupo al-Shabab, que controla vastas áreas do sul e centro da Somália. Esse grupo, aliado à al-Qaeda, vem conduzindo uma insurgência contra o governo apoiado pela ONU na Somália há quase duas décadas.

Testemunhas descrevem cenas de pânico e caos logo após o início do tiroteio que sucedeu a explosão. Uma delas, Abdilatif Ali, relatou à agência de notícias AFP o terror vivenciado na praia: “Era difícil saber o que estava acontecendo, já que o tiroteio começou logo após a explosão”. Ele mencionou que algumas pessoas se jogaram ao chão em busca de abrigo, enquanto outras tentaram fugir.

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“Vi pessoas feridas na praia. As pessoas estavam gritando em pânico e era difícil distinguir quem estava morto e quem ainda estava vivo”, acrescentou Ali. Pelo menos cinco pessoas estiveram envolvidas no ataque. Um dos criminosos se explodiu, três foram abatidos pela polícia e um dos atiradores foi capturado com vida.

Moussa Faki Mahamat, presidente da Comissão da União Africana, classificou o ataque como “horrível” e “cruel”. Ele enviou suas mais sinceras condolências às famílias das vítimas do atentado mortal na praia de Liido, um local frequentado por empresários e funcionários do governo.

Impacto nos hospitais locais após ataque

Os hospitais de Mogadíscio enfrentaram uma demanda crítica. Abdulkhaliq Osman, do hospital Kalkaal, informou à BBC que vários pacientes estão sendo atendidos, com 11 deles transferidos para a unidade de operações devido a ferimentos críticos. Outros pacientes com lesões menos graves foram liberados após o tratamento médico inicial.

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Este ataque é o mais mortal na Somália desde outubro de 2022, quando explosões perto do Ministério da Educação e de um restaurante na capital resultaram na morte de pelo menos 100 pessoas e feriram outras 300.

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