O Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou nesta sexta-feira (4) uma resolução que cria uma comissão para investigar supostas violações na guerra da Ucrânia. O objetivo é descobrir se a Rússia tem atingido de propósito alvos civis.
Foram 32 votos a favor, 2 contra (Rússia e Eritreia) e 13 abstenções. O Brasil votou a favor. A China se absteve mais uma vez.
???? BREAKING
The Human Rights Council has decided to urgently establish an independent international commission of inquiry as a result of #Russia's aggression against #Ukraine.
✅ YES: 32
❌ NO: 2
➖ ABSTENTIONS: 13 pic.twitter.com/cJGjHtwXcR— UN Human Rights Council ???? #HRC49 (@UN_HRC) March 4, 2022
O embaixador da Ucrânia nas Nações Unidas em Genebra, Yevheniia Filipenko, afirmou que era um dever do Conselho “garantir a responsabilização, exigindo a documentação e verificando os crimes da Rússia e identificando os responsáveis”, disse o diplomata, segundo o portal G1.
Autoridades da Ucrânia acusam o exército russo de bombardear ambulâncias, um orfanato e uma maternidade, além de outros alvos civis. O governo russo nega e diz que prioriza os alvos militares e de infraestrutura.
Apesar disso, um míssil atingiu a sede do governo de Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia, nesta semana. Em outra ação, pelo menos cinco pessoas morreram no ataque a uma torre de TV em Kiev.
Tribunal de Haia vai investigar Rússia
O promotor do Tribunal Penal Internacional, em Haia, Karim Khan, confirmou na quarta-feira (2), por meio de um comunicado, que vai abrir uma investigação sobre possíveis crimes de guerra cometidos na Ucrânia.
Guerra da Ucrânia chega ao nono dia
A Ucrânia foi invadida pela Rússia na quarta-feira (23). O exército russo avança pelas regiões da fronteira em direção às principais cidades ucranianas. Kiev e Kharkiv são os principais alvos das tropas russas.
O exército russo também ganha terreno no litoral e já conquistou pelo menos uma cidade portuária.
Um dos fatores que desencadeou o conflito foi a possibilidade da Ucrânia entrar na OTAN, aliança militar do Ocidente. O presidente russo Vladimir Putin não admite a possibilidade e exige que a Ucrânia se comprometa a nunca entrar na organização.
O líder russo também argumenta que está realizando uma “operação especial” para proteger os russos que vivem em território ucraniano. Ao mesmo tempo, Putin diz que a Ucrânia está sob controle estrangeiro e que não merece ser um país independente.