Rússia x Ucrânia

ONU pede acordo para desmilitarização de usina de Zaporizhzhia

Instalação foi alvo de ataques nas últimas semanas, despertando temores de um desastre nuclear.

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A cidade de Zaporizhzhia tem 331 km² de área e sua população em 2020 foi estimada em 731 922 habitantes (Créditos: Alexander Ermochenko/Flickr)

A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu nesta terça-feira (23) que a Rússia e a Ucrânia encontrem “urgentemente um acordo” para a desmilitarização da área da usina nuclear de Zaporizhzhia, maior central de energia atômica da Europa.

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“Neste momento é imperativo receber o compromisso expresso das partes de interromper qualquer atividade militar em torno da usina nuclear de Zaporizhzhia para permitir a continuidade das operações seguras e protegidas”, declarou a chefe dos Assuntos Políticos da ONU, Rosemary DiCarlo, na reunião do Conselho de Segurança sobre a Ucrânia.

Segundo ela, apesar dos apelos à desescalada da tensão na região, “continuamos a receber quase diariamente relatórios de incidentes alarmantes”. “É urgentemente necessário um acordo para restabelecer Zaporizhzhia como uma infraestrutura puramente civil e para garantir a segurança da área”, acrescentou.

Para DiCarlo, é preciso “deixar claro que qualquer dano potencial a Zaporizhzhia, ou a outras instalações nucleares na Ucrânia, levando a um possível acidente nuclear, teria consequências catastróficas, não apenas para a vizinhança imediata, mas para a região e além”.   

Por sua vez, a missão russa junto à ONU disse que circulou entre os membros do Conselho de Segurança uma carta sobre a apresentação do Ministério da Defesa de Moscou, a qual define os ataques realizados pelo exército ucraniano contra o usina nuclear de Zaporizhzhia, bem como provas fotográficas das consequências destas ofensivas.

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“Com o bombardeio em torno da usina nuclear de Zaporizhzhia, a Ucrânia mantém os cidadãos europeus reféns da chantagem nuclear”, afirmou o representante da Rússia nas Nações Unidas, Vasily Nebenzya.

De acordo com o embaixador russo, os combates perto da usina trazem “todos os dias o risco de um acidente nuclear” que “teria consequências catastróficas para todo o continente europeu”. “A situação se deteriorou ainda mais, os ucranianos bombardeiam o território da usina praticamente todos os dias”, concluiu o diplomata.

 

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