Os países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) concordaram nesta quarta-feira (5) em derrubar a produção de barris para 2 milhões a menos. A decisão foi tomada após a reunião do cartel em Viena, na Áustria.
De acordo com a Al Jazeera, o movimento da OPEP teve como objetivo tentar reverter a queda do preço do barril do petróleo devido ao medo da recessão econômica global. O valor do barril caiu de U$120 para U$90 em três meses. Segundo jornalistas da agência do Catar, a medida levará 3 meses para mostrar resultado.
No mesmo dia, a Casa Branca dos Estados Unidos se manifestou desapontada com a decisão. Os norte-americanos esperavam manter o preço do barril baixo por conta da situação com a Rússia, na esperança de limitar os faturamentos do país, que também se destaca na produção de petróleo mundial e está dentro dos países agregados pela OPEP.
Apesar dos EUA estarem atacando a Rússia com sanções em repúdio a guerra na Ucrânia, a Arábia Saudita, maior produtor de petróleo do mundo, não condena a ação russa e não compra o lado norte-americano. Segundo a Al Jazeera, na verdade o país saudita irá adicionar, voluntariamente, ainda mais reduções na produção do combustível.
Em resposta a medida, o departamento de energia dos Estados Unidos anunciaram que irão liberar 10 milhões de barris de sua reserva estratégica de petróleo para “proteger os consumidores americanos e promover a segurança de energia.”
Por sua vez, a Arábia Saudita e os outros membros da OPEP afirmam que estão buscando combater a volatilidade do preço do barril, não se tratando apenas do preço momentâneo.