Primeira-ministra da Itália pede indenização após ser vítima de deepfake pornô
Published 22/03/2024
Giorgia Meloni, a primeira-ministra italiana, entrou com um processo em que pediu indenização de 100 mil euros (aproximadamente R$ 538 mil) após ter sido vítima de deepfake pornô, ou seja, falsos vídeos pornográficos dela foram publicados na internet.
Meloni foi requisitada para testemunhar em um Tribunal de Sardenha, no dia 2 de julho de 2022, no processo que abriu contra os dois suspeitos do crime. Um homem de 40 anos e seu pai, de 73, são acusados de sobrepor imagens do rosto da política aos corpos de atrizes da indústria pornográfica e publicar estes vídeos em um site dos Estados Unidos, em 2020.
As identidades destes homens não foram reveladas publicamente. Agora, eles enfrentam acusação criminal de difamação, além do processo civil aberto por Meloni. Inicialmente, a polícia conseguiu chegar aos suspeitos através do rastreamento de seus celulares, que foram utilizados para criar e publicar os vídeos e imagens pornográficas.
Contexto do crime contra Meloni
O crime aconteceu na época em que Meloni estava em campanha para se tornar a primeira-ministra, como chefe de seu partido ‘Irmãos da Itália‘. Ela acabou vencendo em 2022 e assumindo o cargo com uma vitória esmagadora.
Porém, as imagens ficaram disponíveis na internet durante um grande período de tempo e foram vistas por milhões de pessoas. Algumas das imagens ainda circulam pela internet até hoje.
Em entrevista à CNN, Maria Giulia Marongiu, a advogada de Meloni, disse que a política tem intenção de doar a eventual quantia financeira recebida no processo para um fundo para vítimas de violência doméstica do Ministério do Interior. Ela ainda revelou que a deputada quer dar o exemplo para que as vítimas de pornografia deepfake se manifestassem e denunciassem aqueles que as difamam.