Nesta terça-feira (21), Donald Trump passou pelo culto de celebração da sua posse como presidente dos Estados Unidos. Durante a cerimônia, a bispa Mariann Edgar Budde chamou atenção do mundo por pedir misericórdia para imigrantes e pessoas da comunidade LGBTQIA+.
A cerimônia gerou tensão quando a líder espiritual enfatizou o medo sentido em todo o país, abordando ainda a situação dos trabalhadores migrantes. “Eu lhe peço que tenha misericórdia, senhor presidente. Há crianças gays, lésbicas e transgêneros em famílias democratas, republicanas e independentes”, disse. Budde também argumentou contra a criminalização generalizada de migrantes, reforçando que muitos não possuem a documentação adequada, mas não são criminosos.
A reação do então presidente foi imediata, levando-o a criticar a bispa em suas redes sociais e exigir um pedido de desculpas.
Quem é a bispa Mariann Edgar Budde?
Mariann Edgar Budde, de 65 anos, é líder da Igreja Episcopal na Catedral Nacional de Washington desde 2011, e se tornou a primeira mulher a ser eleita para essa posição. Ela lidera 86 congregações e dez escolas episcopais no Distrito de Columbia e em Maryland. Além disso, atua como presidente da Protestant Episcopal Cathedral Foundation. Sua biografia revela uma defensora fervorosa da equidade racial, dos direitos LGBTQIA+ e da reforma na imigração, alinhando suas ações ao chamado de Jesus para lutar pela justiça e dignidade de todos.
Fora do ambiente de trabalho, Budde dedica seu tempo livre à família, além de atividades como andar de bicicleta e cozinhar para amigos. Ela é mãe de dois filhos, e avó Com um histórico de críticas a Trump, ela não se esquiva de abordar questões controversas, tanto em suas pregações quanto em suas publicações na mídia.
Por que a cerimônia causou polêmica?
A controvérsia em torno da cerimônia de posse de Trump na Catedral Nacional derivou das tensões políticas amplificadas pelo discurso de Budde. A líder religiosa desafiou o presidente diante das suas políticas, especialmente aquelas direcionadas a grupos marginalizados. Ao descrever o sermão como “chato e pouco inspirador”, Trump não apenas rejeitou as críticas, mas também classificou Budde como uma “esquerdista radical”.
O evento reflete um momento de forte polarização nos Estados Unidos, onde líderes religiosos e políticos frequentemente se encontram em lados opostos. A postura crítica de Budde em relação a Trump, exemplificada anteriormente em suas colunas e artigos de opinião, sublinha o fosso existente entre aqueles que trabalham por inclusão e justiça social e as políticas implementadas durante a administração Trump.
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