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Quem é o ativista palestino que liderou protestos estudantis preso nos EUA?

O ativista palestino ajudou a liderar o movimento de protesto estudantil da Universidade de Columbia exigindo um cessar-fogo em Gaza
O ativista palestino ajudou a liderar o movimento de protesto estudantil da Universidade de Columbia exigindo um cessar-fogo em Gaza – Crédito: Reprodução

O ativista palestino Mahmoud Khalil, que ajudou a liderar o movimento de protesto estudantil da Universidade de Columbia exigindo um cessar-fogo em Gaza, foi preso na noite do último sábado (8), por autoridades federais de imigração que disseram estar agindo sob ordem do Departamento de Estado para revogar seu green card.

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O Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS) fez uma postagem no X, antigo Twitter, falando sobre a relação de Donald Trump com a prisão de Khalil: “Em 9 de março de 2025, em apoio às ordens executivas do presidente Trump proibindo o antissemitismo, e em coordenação com o Departamento de Estado, a Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) prendeu Mahmoud Khalil, um ex-aluno de pós-graduação da Universidade de Columbia. Khalil liderou atividades alinhadas ao Hamas, uma organização terrorista designada”.

O contexto das acusações

O Departamento de Segurança Interna dos EUA classificou Khalil como líder de atividades alinhadas ao Hamas. No entanto, até o momento, não foram divulgadas evidências concretas que comprovem essas alegações. A operação que resultou na prisão do ativista foi conduzida pelo Serviço de Imigração e Alfândega (ICE), em colaboração com o Departamento de Estado dos EUA.

Nas redes sociais, Donald Trump afirmou que a prisão de Khalil seria a primeira de muitas. Ele destacou que há outros estudantes em universidades norte-americanas envolvidos em atividades que considera pró-terroristas, antissemitas e antiamericanas. A administração Trump, segundo ele, não toleraria tais ações.

Qual é o impacto da ordem executiva de Trump?

A ordem executiva assinada por Trump visa combater o antissemitismo em território norte-americano. No entanto, críticos argumentam que a medida pode ser usada para silenciar vozes críticas às políticas de Israel, especialmente em relação à Faixa de Gaza. A prisão de Khalil é vista por muitos como um exemplo dessa potencial repressão.

Organizações de direitos civis expressaram preocupação com a possibilidade de a ordem ser utilizada para restringir a liberdade de expressão, especialmente em ambientes acadêmicos. A situação de Khalil levanta questões sobre os limites entre segurança nacional e direitos individuais, um debate que continua a dividir opiniões nos Estados Unidos.

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