postura conservadora

Quem é o cardeal Fridolin Ambongo Besungu, possível sucessor do papa Francisco?

Entre os nomes cotados para suceder o papa, ganha força o cardeal Fridolin Ambongo Besungu, arcebispo de Kinshasa.
Cardel Fridolin Ambongo Besungu – Crédito: Vatican News, Reprodução

O papa Francisco morreu na manhã desta segunda-feira (21), aos 88 anos, no Vaticano. Com sua morte, a Igreja Católica inicia oficialmente o período de Sé Vacante — quando a cadeira de São Pedro permanece desocupada até a escolha de um novo pontífice. Entre os nomes cotados para sucedê-lo, ganha força o cardeal Fridolin Ambongo Besungu, arcebispo de Kinshasa, na República Democrática do Congo.

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Quem é o cardeal Fridolin Ambongo Besungu?

Capuchinho e formado em teologia moral em Roma, Ambongo tem 65 anos e construiu uma trajetória marcada pelo ativismo político e social. Foi criado cardeal por Francisco em 2019 e, desde então, passou a integrar o chamado “C9”, o grupo de cardeais que auxilia diretamente o papa no governo da Igreja.

No cenário africano, é uma das vozes mais influentes da Igreja. Preside o Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagascar (SECAM), função que ampliou sua projeção internacional. Sua atuação firme em defesa dos direitos humanos e contra a exploração de recursos naturais por empresas estrangeiras o aproximou de pautas sociais defendidas pelo pontífice argentino.

Ao mesmo tempo, Ambongo se mostrou crítico a decisões recentes do Vaticano. Em 2023, reagiu negativamente à declaração que autorizava bênçãos a casais do mesmo sexo em contextos pastorais, dizendo que a medida não se aplicava à realidade africana. A postura reforçou sua imagem de líder capaz de equilibrar fidelidade à doutrina com autonomia regional.

Em abril de 2024, tornou-se alvo de investigação judicial na República Democrática do Congo, acusado de incitar a população à revolta e de fazer declarações sediciosas. A Igreja local negou as acusações e interpretou a ação como tentativa de intimidação por parte do governo congolês.

Com o Conclave se aproximando, Fridolin Ambongo Besungu surge como figura central no debate sobre o futuro da Igreja. Sua eleição representaria não apenas a escolha de um papa africano — algo inédito desde o século V —, mas também a continuidade de uma Igreja voltada para as periferias do mundo.

 

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