
O príncipe Karim Al-Hussaini, conhecido mundialmente como Aga Khan, faleceu em 4 de fevereiro de 2025, aos 88 anos, em Lisboa. Este líder espiritual dos muçulmanos ismaelitas era uma figura notável, não apenas por sua religião, mas também por seu impacto global em iniciativas filantrópicas. Karim era tido como um descendente direto do profeta Maomé, um fato que solidificou sua posição no mundo islâmico.
O anúncio de sua morte foi feito pela Aga Khan Development Network (AKDN), uma instituição filantrópica que ele mesmo fundou. Em uma mensagem realizada nas redes sociais, a AKDN destacou que o príncipe faleceu em paz, cercado por seus familiares próximos. Além de seu papel religioso, Aga Khan era conhecido por seu compromisso com causas sociais e econômicas ao redor do mundo.
Quem foi o Aga Khan?
Nascido na Suíça, Karim Al-Hussaini possuía cidadania britânica e era um amigo íntimo da rainha Elizabeth II. Ainda jovem, ele sucedeu seu avô como líder espiritual dos muçulmanos xiitas ismaelitas, papel que desempenhou com dedicação desde 1957. Além de seu trabalho religioso, Aga Khan tornou-se uma figura emblemática do universo das corridas equestres, uma paixão que partilhava com a rainha.
Aga Khan era dono de uma vasta coleção de cavalos de corrida, incluindo o renomado cavalo puro-sangue Shergar. Seu envolvimento com este esporte refinado não apenas aumentou sua fortuna, mas também fortaleceu sua influência no universo esportivo. Além dos cavalos, Karim levava uma vida luxuosa, possuindo bens como uma ilha particular nas Bahamas e um superiate.
Qual foi o impacto do Aga Khan no mundo?
Durante sua vida, Aga Khan impactou inúmeras vidas através de suas iniciativas filantrópicas. A Aga Khan Development Network promoveu diversos projetos nas áreas de saúde, educação e desenvolvimento sustentável em países de todo o mundo. Seu comprometimento com o bem-estar humano e com a melhoria da qualidade de vida em comunidades vulneráveis ficou evidente no vasto alcance de seus programas.
Além das atividades filantrópicas, Karim Al-Hussaini exercia um papel mediador em muitos diálogos entre o mundo islâmico e o Ocidente. Suas contribuições para a paz e entendimento multicultural foram amplamente reconhecidas, tornando-o uma figura respeitada em diversos círculos sociais e políticos.
O que reserva o futuro para a liderança espiritual ismaelita?
Com a morte de Aga Khan, houve grande expectativa sobre quem o sucederia. O anúncio feito nas redes sociais indicou que seu substituto será um de seus descendentes homens, cuja nomeação formal ocorrerá em breve. O legado e as obras de Aga Khan continuarão a influenciar muitos, e aguarda-se que seu sucessor mantenha e expanda seus ideais eáticas.
Dentre os que lamentaram sua morte, estão personagens de grande relevância no cenário global, como a ativista Malala Yousafzai e o secretário-geral da ONU, António Guterres, evidenciando o enorme impacto que Aga Khan teve em todo mundo.
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