escalada dos combates

Rebeldes sírios afirmam ter conquistado a cidade de Hama

Grupos rebeldes sírios declararam nesta quinta-feira (5) que intensificaram seus esforços para conquistar a cidade de Hama.
Guerra civil na Síria volta a se agravar após quatro anos – Crédito: Reprodução/TV Globo

Grupos rebeldes sírios declararam nesta quinta-feira (5) que intensificaram seus esforços para conquistar a cidade de Hama, um ponto estratégico no conflito que já se arrasta há mais de uma década.

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Em contrapartida, a mídia estatal da Síria refutou a alegação, afirmando que as forças do governo continuam repelindo as investidas insurgentes e mantêm o controle da região.

Hama pode mudar o rumo da guerra?

Desde o início da semana, os combates na área têm escalado. Na última terça-feira (3), insurgentes avançaram sobre vilarejos próximos, como Maar Shahur, segundo informações do Observatório Sírio para os Direitos Humanos. Esses territórios, situados ao norte de Hama, representam um avanço crucial na tentativa dos rebeldes de tomar a cidade.

A ofensiva contra Hama, a quarta maior cidade da Síria, é vista como um movimento estratégico. A localidade permaneceu sob domínio do governo desde 2011, quando começou a guerra civil. Caso os rebeldes consigam efetivar o controle, isso poderia pressionar significativamente o regime de Bashar al-Assad, que conta com o apoio militar de aliados poderosos, como Rússia e Irã.

Conflito enraizado em múltiplas frentes

O conflito na Síria teve início em 2011, durante a Primavera Árabe, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu duramente manifestações pró-democracia. Com o passar do tempo, o levante ganhou contornos mais complexos. O Exército Sírio Livre, formado para lutar contra as forças governamentais, foi apenas uma das muitas facções que emergiram no cenário.

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O surgimento do grupo extremista Estado Islâmico, que chegou a controlar grande parte do território sírio, agravou ainda mais a situação. A guerra logo se tornou um palco de disputas internacionais, com potências como Estados Unidos, Rússia e Irã disputando influência na região.

Apesar de um cessar-fogo firmado em 2020, os confrontos esporádicos continuam. A ONU estima que mais de 300 mil civis perderam a vida, enquanto milhões foram forçados a deixar suas casas, transformando a Síria em uma das maiores crises humanitárias da história recente.

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