REVIRAVOLTA

Rebeldes sírios dominam grande parte de Aleppo

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Bashar Al-Assad – Créditos: depositphotos.com / ifeelstock

Um grupo de forças de oposição sírias tomou partes significativas de Aleppo, a segunda maior cidade do país. Este evento marca uma reviravolta significativa em um conflito que outrora parecia adormecido. Desde 2016, quando as forças do governo de Bashar Al-Assad retomaram Aleppo, os rebeldes não haviam conseguido penetrar na cidade da Síria. No entanto, com a nova ofensiva, vê-se uma mudança no equilíbrio de poder local. Este avanço rebelde ocorre sob um cenário de resistência aparentemente mínima do exército sírio, como afirmado por residentes locais.

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O significado da tomada de Aleppo

A captura de partes substanciais de Aleppo representa um marco importante para os rebeldes sírios. Eles agora controlam áreas que ficaram anos sob domínio estatal, expandindo o seu território na região. As imagens de combatentes agitandobandeiras e comemorando as vitórias demonstram esse novo avanço.

A presença das forças de oposição em Aleppo sugere possíveis mudanças nas operações militares e na geopolítica local. Entretanto, ainda há bairros da cidade fortemente guardados pelo regime sírio e pelos seus aliados, incluindo milícias iranianas.

A resposta do regime não demorou, com a força aérea russa realizando ataques nas províncias de Aleppo e Idlib. Essa contraofensiva visa conter a expansão rebelde e foi reportada amplamente pela mídia estatal da Rússia.

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Quais são os objetivos dos rebeldes?

A incursão em Aleppo é liderada por uma coalizão designada “Comando de Operações Militares”, composta por facções islamistas e grupos moderados. Segundo líderes da coalizão, seus objetivos principais são eliminar o regime de Assad e as milícias iranianas, vistos como opressores dos territórios sírios.

Os rebeldes indicam que a nova ofensiva busca retomar territórios perdidos e consolidar um novo poder em áreas centrais da Síria. Este conflito se destaca como um dos mais significativos nos últimos anos, sinalizando a intenção dos rebeldes de redefinir o cenário político e militar do país.

Desde os protestos da Primavera Árabe em 2011, a Síria tem estado em meio a uma guerra civil devastadora. O regime de Assad enfrentou uma dissidência crescente, enquanto uma força rebelde unida, conhecida como Exército Sírio Livre, emergiu para desafiar o governo.

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A guerra se intensificou com a intervenção de potências internacionais, incluindo Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos e Rússia. O conflito tornou-se um campo de batalha para uma guerra por procuração, com diversos interesses estranhos se entrelaçando e exacerbando a situação interna da Síria. Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito diminuiu, mas tensões latentes persistiam. Esta nova escalada em Aleppo pode reabrir antigas feridas e restaurar a violência em grandes proporções.

As consequências humanitárias do conflito sírio são profundas e continuam a moldar a região. De acordo com a ONU, mais de 300 mil civis morreram, e milhões foram deslocados. O território da Síria está entrelaçado a uma rede complexa de alianças e rivalidades regionais, tornando qualquer resolução um desafio significativo.

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