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Sanções à Venezuela serão retomadas pelos EUA se candidata da oposição for impedida de concorrer às eleições

Published 29/01/2024
Nesta segunda-feira (29), uma autoridade da Casa Branca indicou que governo de Joe Biden pretende retomar as sanções à Venezuela relacionadas ao setor petrolífero em abril, após seis meses de suspensão, caso Maria Corina Machado e outros candidatos da oposição não obtenham autorização para concorrer contra o presidente Nicolás Maduro. 

Maria Corina Machado - Crédito: Reprodução/Youtube

Nesta segunda-feira (29), uma autoridade da Casa Branca indicou que governo de Joe Biden pretende retomar as sanções à Venezuela relacionadas ao setor petrolífero em abril, após seis meses de suspensão, caso Maria Corina Machado e outros candidatos da oposição não obtenham autorização para concorrer contra o presidente Nicolás Maduro. 

Vale ressaltar que, em outubro de 2023, os Estados Unidos estabeleceram como condição para a suspensão das sanções à Venezuela a libertação de prisioneiros pelo governo Maduro. Além disso, outra condição era o avanço em direção ao fim das proibições impostas a vários membros da oposição no país. Como resultado, o país libertou 24 venezuelanos e dez norte-americanos.

Contudo, devido à decisão judicial desfavorável a candidata da oposição e às detenções recentes de outros membros, os Estados Unidos ameaçaram reintroduzir sanções à Venezuela. O funcionário da Casa Branca destacou que as autoridades também estavam ponderando outras medidas punitivas.

“A menos que Maduro e os seus representantes na Venezuela consigam voltar ao caminho certo, especificamente no que diz respeito a permitir que todos os candidatos presidenciais concorram nas eleições deste ano, não estaremos em posição de renovar a Licença Geral 44, que proporciona alívio ao setor do petróleo e gás da Venezuela, quando for o período de renovação, em abril”, foi o que apontou a autoridade à CNN.

Ainda, na sexta-feira (26), a Suprema Corte da Venezuela confirmou a proibição que impede Machado de se candidatar nas eleições de 2024. A decisão tem por base o argumento de que a candidata endossa as sanções dos EUA, está envolvida em atividades corruptas e perdeu recursos associados aos ativos estrangeiros da Venezuela.

Cobrança norte-americana

“Eles têm até a primavera para honrar seus compromissos. Eles têm decisões que precisam tomar antes de avaliarmos quais decisões tomaremos. Muito vai depender do que Maduro e seu regime fizerem”, declarou John Kirby, porta-voz de segurança nacional dos EUA, em uma coletiva de imprensa.

Em outubro de 2023, os Estados Unidos concederam uma licença geral de seis meses, permitindo transações norte-americanas com o setor de petróleo e gás da Venezuela. Além disso, foi emitida uma segunda licença para operações da empresa estatal de mineração de ouro, a Minerven. Ainda, a proibição de negociação norte-americana no mercado secundário de títulos soberanos venezuelanos também foi revogada.

Já Machado obteve uma vitória expressiva nas primárias da oposição em outubro. Ela afirmou nesta segunda-feira (29) que não renunciará em favor de um substituto, caracterizando a decisão judicial como um crime. Ainda, a venezuelana reiterou que as eleições ocorrerão este ano.

“Não há recuo. Temos um mandato e vamos completá-lo. Candidato substituto é o plano de quem não quer mudança e nosso plano é mudança, ponto final”, finalizou ela em uma coletiva em Caracas.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

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