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“Se continuarem assim, perderão apoio”, diz Biden sobre radicalismo do governo de Israel

Published 28/02/2024
O presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou que Israel pode perder o apoio internacional devido à escalada de violência na Faixa de Gaza.

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos - Crédito: Getty Images

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que Israel pode perder o apoio internacional devido à escalada de violência na Faixa de Gaza. A guerra já dura 145 dias.

Em entrevista à NBC News na última segunda-feira (26), o presidente dos Estados Unidos declarou que “Israel teve o apoio esmagador da grande maioria das nações”. Contudo, o democrata alertou que a postura do governo de Benjamin Netanyahu pode acabar enfraquecendo o país no cenário global.

“Se continuar assim com este governo incrivelmente conservador que eles têm… eles perderão o apoio de todo mundo”, disse.

Biden aponta cessar-fogo

Apesar das críticas ao governo israelense, Biden acredita que um cessar-fogo deve ocorrer logo. Na mesma entrevista, o presidente dos Estados Unidos afirmou que Israel deve interromper os ataques ao território palestino na próxima segunda-feira: “Meu assessor em segurança nacional me diz que estamos perto, ainda não estamos lá. Minha expectativa é de que tenhamos um cessar-fogo a partir da próxima segunda-feira”.

Em visita ao Brasil, o secretário-geral dos EUA, Antony Blinken, disse após reunião do G20 que o cessar-fogo em Gaza não resolveria o conflito.

“Essa resolução não resultaria por si só num cessar-fogo. A questão é: qual a forma mais efetiva de avançar [numa solução]? Uma forma de que os reféns [israelenses sequestrados pelo Hamas] sejam liberados, que uma pausa humanitária seja estendida e que, mais importante, que leve ao fim do conflito. O melhor caminho para isso é exatamente que estamos fazendo agora, que é trabalhar intensamente por um acordo na liberação dos reféns”.

Mais de 29 mil pessoas morreram na Faixa de Gaza desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, segundo boletim do Ministério da Saúde do território. O governo israelense lançou a ofensiva após um ataque do Hamas deixar 1.400 mortos em outubro passado.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

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