O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, disse em entrevista neste domingo (8), que “totalmente” consideraria deixar a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) se os americanos não obtiverem um “acordo justo” e seus aliados não “pagarem suas contas”.
OTAN e parceiros europeus
Trump enfatizou que os aliados europeus dos EUA na organização atlântica não estariam cumprindo de forma adequada suas responsabilidades financeiras, sugerindo que os americanos estavam sobrecarregados com os custos associados à defesa coletiva. As informações são do portal O Globo.
Ameaças à cidadania por nascimento
Além da OTAN, Trump também abordou temas polêmicos em relação à imigração. Declarou a intenção de eliminar a cidadania por nascimento nos Estados Unidos, uma prática garantida pela Constituição americana. Trump afirmou que tentará pôr fim à cidadania por nascimento nos EUA, acrescentando que “terá que” deportar a todos os imigrantes em situação irregular no país.
A perspectiva de deportações em massa gerou apreensão entre as comunidades imigrantes e provocou debates sobre os direitos constitucionais dos nascidos em solo americano.
O presidente eleito argumentou que a cidadania por nascimento encorajava a imigração ilegal, uma opinião que gerou reações intensas tanto dentro quanto fora dos EUA. Especialistas em direito se dividiram quanto à possibilidade de reverter essa garantia constitucional sem uma emenda formal à Constituição.
Relação entre os EUA e parceiros comerciais
As declarações de Trump tiveram repercussões além das questões militares e sociais. Enquanto expandia sua política de segurança, o discurso hostil em relação aos imigrantes e suas ameaças de tarifas a importações preocupavam seu parceiro comercial mais próximo, o México.
Cerca de 80% das exportações mexicanas eram direcionadas aos EUA, e a retórica agressiva de Trump colocou em risco essa relação econômica vital.
A presença de caravanas migrantes no sul dos Estados Unidos exacerbava a situação. Trump ameaçou políticas severas caso o fluxo migratório não fosse controlado, posicionando a segurança nacional como uma de suas principais prioridades.
Diplomacia tenta amenizar tensões
Após a eleição de Trump, líderes internacionais buscaram diálogo para mitigar possíveis impactos de suas políticas. O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, encontrou-se com Trump para discutir a segurança global e reforçar as alianças. A interação diplomaticamente delicada focou em neutralizar o fortalecimento das relações entre países como Rússia, China e Coreia do Norte.
A preocupação central era a crescente influência dessas nações em contextos de conflito, como a guerra na Ucrânia, e o papel que a OTAN desempenharia em conter tais expansões. A necessidade de discurso cortês e acordos multilaterais emergiram como essencial nesses encontros.
Opposition fighters in Syria, in an unprecedented move, have totally taken over numerous cities, in a highly coordinated offensive, and are now on the outskirts of Damascus, obviously preparing to make a very big move toward taking out Assad. Russia, because they are so tied up…
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) December 7, 2024