
A plataforma de vídeos Rumble e o grupo de comunicação ligado ao presidente americano Donald Trump celebraram uma decisão da Justiça dos Estados Unidos que desconsidera ordens do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A empresa classificou o desfecho como uma vitória da “liberdade de expressão“.
Em comunicado oficial, o Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Central da Flórida decidiu que “as ordens de censura do juiz Alexandre de Moraes não têm força legal nos Estados Unidos“. A nota da empresa reforçou que a decisão “é uma vitória completa para a liberdade de expressão, soberania digital e o direito das empresas americanas de operar sem interferência judicial estrangeira“.
A medida surge após Moraes determinar o bloqueio da Rumble no Brasil, no último dia 21. A ordem judicial exigia que a plataforma indicasse um representante legal no país em até 48 horas, sob risco de banimento.
Por que Moraes mandou bloquear a Rumble?
O bloqueio foi consequência da recusa da plataforma em atender a uma solicitação do STF para remover o canal do blogueiro Allan dos Santos. Investigado no Brasil por envolvimento na disseminação de desinformação e discurso de ódio, Allan vive nos Estados Unidos e é considerado foragido, com um mandado de prisão expedido contra ele.
A decisão do tribunal americano foi interpretada pelo Rumble como um recado global. Segundo a empresa, a sentença “envia uma mensagem forte aos governos estrangeiros de que eles não podem contornar a lei dos EUA para impor censura em plataformas americanas“.
O caso tem semelhanças com a suspensão temporária do X, de Elon Musk, ocorrida no Brasil no ano passado. A medida foi posteriormente revogada.
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