AVANÇO

Venezuela: MP anuncia libertação de 225 detidos durante protestos pós-eleitorais

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Protestos Venezuela – Créditos: depositphotos.com / thenews2.com

O Ministério Público da Venezuela informou que pelo menos 225 das mais de 2.400 pessoas detidas durante os protestos contra a reeleição contestada do presidente Nicolás Maduro em julho foram libertadas. Organizações não governamentais (ONGs) confirmaram a soltura de mais de 100 cidadãos neste sábado, 16.

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Este recente desenvolvimento teve início após as eleições presidenciais de 28 de julho, cuja apuração foi amplamente questionada por fraudes. Consequentemente, manifestações e episódios de violência foram registrados, resultando em várias detenções que agora passam por revisões judiciais.

Qual o papel das organizações em defesa dos direitos humanos?

A situação dos detidos após as manifestações chamou a atenção de organizações não governamentais, como o Foro Penal e o Observatório Venezuelano de Prisões. Ambas desempenham um papel crucial na defesa dos direitos dos presos políticos e na monitorização das condições carcerárias. O Foro Penal, em particular, tem denunciado a “crise repressiva” no país, destacando o alto número de presos políticos, que, segundo eles, é um dos maiores da História recente na América Latina.

A atuação dessas organizações foi fundamental para pressionar o governo a revisar os casos de presos e buscar justiça para aqueles que, segundo os familiares, foram injustamente detidos.

Como ocorreu o processo de liberação dos detidos na Venezuela?

As libertações começaram a ocorrer na manhã de sábado, quando diversas prisões em várias regiões do país, incluindo Las Crisálidas e Yare III, registraram a saída de detidos. Muitas dessas pessoas foram recebidas com emoção e alívio pelos seus familiares, que aguardavam ansiosamente a notícia da liberação de seus entes queridos. Alexandrea Hurtado, por exemplo, foi uma das aguardando, depois de tomar conhecimento da iminente soltura de seu filho por meio de redes sociais.

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A movimentação e a expectativa frente aos centros penitenciários foram intensas, com familiares expressando tanto alegria pela libertação quanto preocupação e descontentamento pelo tratamento recebido por muitos durante a detenção.

O que motivou o governo a revisar as detenções?

A revisão das detenções foi anunciada pelo Ministério Público, seguindo um pedido do próprio presidente Nicolás Maduro. Sob a justificativa de corrigir eventuais erros processuais, o governo iniciou o processo de liberação, mas sem detalhar quais casos seriam revisados exatamente. Paralelamente, a oposição ao governo de Maduro continuou a denunciar condições precárias de detenção e maus-tratos sofridos pelos presos, inclusive relatando torturas.

O procurador-geral venezuelano, Tarek William Saab, afirmou que a justiça punirá quem tiver responsabilidade comprovada nos acontecimentos, mas também destacou a importância de corrigir qualquer injustiça que tenha ocorrido durante os processos de detenção e encarceramento.

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