Alexandre de Moraes prorroga inquérito que investiga se Bolsonaro interferiu na PF

O prazo das investigações acabaria no próximo dia 27

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Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, remove sua máscara protetora durante o lançamento do Programa Norte Conectado em meio à pandemia de coronavírus (COVID-19) no Palácio do Planalto em 01 de setembro de 2020 em Brasília. O Brasil tem mais de 3.950.000 casos positivos confirmados de Coronavirus e tem mais de 122.596 mortes. (Foto de Andressa Anholete / Getty Images)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, prorrogou por mais 90 dias o inquérito que investiga uma possível interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal. O prazo das investigações acabaria no próximo dia 27.

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”Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações e a existência de diligências em andamento, nos termos previstos no art. 10 do Código de Processo Penal, prorrogo por mais 90 (noventa) dias, a partir do encerramento do prazo final anterior (27 de janeiro de 2022), o presente inquérito”, diz o despacho de Moraes publicado nesta sexta (7).

Atendendo a um pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), o STF abriu o inquérito em abril de 2020 com a autorização do ministro Celso de Mello. A apuração teve inicio após denúncias do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro.

Depois que saiu do ministério, Moro afirmou que Bolsonaro tentou interferir em investigações da PF ao tentar trocar o chefe da polícia no Rio de Janeiro e ao exonerar o então diretor-geral da corporação, Mauricio Valeixo. O objetivo de Bolsonaro seria blindar investigações em andamento contra aliados políticos.

As investigações estavam paradas desde outubro de 2020, aguardando uma definição do Supremo sobre o formato do depoimento de Bolsonaro à PF, se pessoalmente ou por escrito. Na mesma época, quando a questão começou a ser julgada, o presidente disse que iria depor pessoalmente.

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No dia 3 de novembro de 2021, Bolsonaro prestou depoimento ao delegado Leopoldo Lacerda admitindo que pediu a Sergio Moro para trocar o então diretor da corporação, Maurício Valeixo, e dois superintendentes do órgão, mas negou que os pedidos configurem interferência politica. Segundo Bolsonaro, o pedido foi feito por “falta de interlocução” do comando da PF com ele. O presidente também disse que Moro comandava o ministério sem “alinhamento” com as demais pastas.

Ao final das apurações, caberá ao procurador-geral, Augusto Aras, decidir se vai denunciar Bolsonaro, arquivar as investigações ou pedir novas diligências.

Leia na íntegra o despacho do ministro Alexandre de Moraes.

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