Durante a abertura oficial da Semana das Comunicações nesta quarta-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro ameaçou baixar um decreto contra as medidas de lockdown. Elas foram foram adotadas por governadores e prefeitos para tentar conter a propagação do vírus durante a pandemia da COVID-19.
Segundo o presidente o objetivo é garantir a realização de cultos e a “liberdade para poder trabalhar” das pessoas.
“Nas ruas já se começa a pedir que o governo baixe um decreto. Se eu baixar um decreto, vai ser cumprido. Não será contestado por nenhum tribunal, porque ele será cumprido. E o que constaria no corpo desse decreto? Constariam os incisos do artigo 5° da constituição. O Congresso ao qual eu integrei, tenho certeza que estará ao nosso lado.”, relatou no evento.
Em um dos momentos da declaração Bolsonaro diz, “Esse decreto será cumprido juntamente com todo o poder de força que nós temos em cada um dos nossos 23 ministros”.
???????? Enquanto Nelson Teich presta esclarecimentos à #CPIdaPandemia, Bolsonaro diz que deve editar decreto para impedir medidas como fechamento de comércio e serviços.
— Eixo Político (@eixopolitico) May 5, 2021
"Esse decreto será cumprido juntamente com todo o poder de força que nós temos em cada um dos nossos 23 ministros" pic.twitter.com/JT9Pmv17p6
O presidente ainda comentou que o Brasil não irá regredir, caracterizando como “excrecência”, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de conceder poderes a governadores e prefeitos para implementar medidas restritivas.
CPI da Covid
Esse pronunciamento ocorreu junto ao segundo dia de depoimento na CPI da Covid no Senado, que apura ações e omissões do governo durante a pandemia.
Nesta quarta-feira (05) o ex-ministro da Saúde Nelson Teich prestou seu depoimento e chegou a afirmar que deixou seu cargo por não ter autonomia suficiente para exercer sua função. Além da insistência do presidente Jair Bolsonaro na cloroquina para a cura do COVID-19.