Coluna – Os muitos fatores que vão interferir no Brasileirão

Há quantos anos reclamamos do calendário do futebol brasileiro? Há quantas temporadas lembramos que faltam datas para que tudo seja cumprido sem prejuízo maior aos clubes, que são a mola mestra do esporte e responsáveis por manter, ainda entre nós, alguns poucos dos jogadores selecionáveis? Pois é. E aqui estamos de novo, na semana que marca o início do Campeonato Brasileiro, em pleno 2021, batendo na mesma tecla.

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Com um agravante: a pandemia que assola o planeta. Num ir e vir constante, trocando de cidades, estados e países, sem nos dar um tempo para respirar (de máscara), ou para programar o que fazer num futuro próximo. Por exemplo: teremos Copa América mesmo? E Jogos Olímpicos? A Seleção Brasileira será convocada nesse período de junho e julho, e até início de agosto quando pensamos na Olimpíada de Tóquio? Como está o planejamento dos principais clubes do país para esse desafio?

Porque, caso você não saiba, nesse período todo o Brasileirão, mais importante competição do país, não vai parar.  E nem vou perguntar se você acredita nessa informação, porque é óbvio que sim. Afinal, não seria o calendário do futebol brasileiro, caso acontecesse uma interrupção. Quem investe mais em jogadores, que gasta mais na manutenção de uma equipe de qualidade, vai acabar sendo mais prejudicado. Afinal, teremos convocação para duas seleções brasileiras – principal e olímpica – e para outras sul-americanas, que vão tirar de equipes brasileiras vários outros atletas.

Por isso tudo, entre a terceira e a décima rodadas, os times que aparecem como cotados, ou favoritos, ao título vão estar desfalcados. E isso sem contar com o impacto financeiro que a pandemia provoca, desde o ano passado, que poderá fazer com que outros tantos jogadores sejam negociados para o exterior. É ou não é motivo suficiente para dizer que indicar um favorito, agora, é muito arriscado.

Mas vamos considerar que, em alguns dias, surjam notícias de que a Copa América não vai acontecer, ou será adiada. É possível. Ou, ainda: vamos imaginar um mundo perfeito, em que teremos apenas o Brasileirão – claro que tem Libertadores, Copa do Brasil, Sul-Americana. Mas com essas competições em paralelo a gente já está até acostumado. Nesse cenário, eu diria que Flamengo e São Paulo são os candidatos ao título. Depois, Atlético-MG e Palmeiras. Em seguida, Grêmio e Internacional. Pronto, dividi os times mais fortes em três duplas.

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Vou acertar? Provável que não. É um palpite. Futebol não é ciência exata e o divertido dele é a discussão sadia. Em dezembro, se nada atrapalhar, ou eu me justifico ou “tiro onda”. Vêm aí 38 rodadas para gente se divertir.

 

Sergio du Bocage é apresentador do programa No Mundo da Bola, da TV Brasil

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(Agência Brasil)

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