Eduardo Bolsonaro é acionado no Conselho de Ética por ataques a Míriam Leitão

Eduardo debochou da tortura sofrida por Míriam durante a ditadura militar

Eduardo Bolsonaro é acionado no Conselho de Ética por ataques a Míriam Leitão
Deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente brasileiro Jair Bolsonaro (Crédito: Andressa Anholete/Getty Images)

O PSOL protocolou uma representação no Conselho de Ética da Câmara pedindo a cassação do mandato do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) devido a uma publicação no Twitter em que o parlamentar ironiza a tortura sofrida pela jornalista Míriam Leitão durante a ditadura militar.

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No domingo (3), Eduardo Bolsonaro publicou nas redes sociais a imagem da última coluna da jornalista e escreveu: “Ainda com pena da [emoji de cobra]”.

A líder do PSOL na Câmara, deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), classifica o conteúdo postado por Eduardo como “desumano” e afirma que ele precisa ser penalizado. “A jornalista estava grávida quando militares a colocaram numa sala escura junto com uma cobra jiboia para amedrontá-la. Quando ele faz piada com essa situação, reafirma, mais uma vez, que é um criminoso inimigo da democracia”, afirmou Sâmia.

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Na representação, o PSOL diz que Eduardo Bolsonaro “abusou, de forma machista e misógina, de suas prerrogativas parlamentares”. “O representado atentou contra a Constituição ao fazer uma apologia direta da tortura”, afirma o documento.

O comentário do deputado se originou após a jornalista compartilhar seu texto na rede social, onde criticava o presidente Jair Bolsonaro (PL). Míriam escreveu nas redes sociais para divulgar o texto: “Qual é o erro da terceira via? É tratar Lula e Bolsonaro como iguais. Bolsonaro é inimigo confesso da democracia. Coluna de domingo”.

Elogios à ditadura militar são frequentes na família Bolsonaro. Desde a época em que era deputado, Bolsonaro defendia Carlos Brilhante Ustra, que chegou a ser condenado na Justiça brasileira em uma ação sobre sequestro e tortura durante o regime militar.

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Míriam Leitão é alvo recorrente de ataques da base bolsonarista. No começo deste ano, em entrevista à rádio Jovem Pan, Jair Bolsonaro afirmou que a jornalista deveria trabalhar melhor. Ele ainda disse que se ela fosse boa teria sido lembrada para trabalhar no governo.

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