O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) anunciou neste mês que terá um projeto de expansão do museu. Ele será totalmente financiado por doações de pessoas físicas e a entrega está prevista para janeiro de 2024.
Segundo a assessoria do Masp, a construção irá aumentar a área do museu em 6.945 m² com 14 novos andares. E vai contar com galerias, salas de aula, reserva técnica, laboratório de restauro, restaurante, loja e áreas de evento. Além de ampliar as atividades realizadas e a capacidade de visitantes.
O novo edifício será batizado de Pietro Maria Bardi, que foi o primeiro diretor artístico do Masp. E vai contar com uma conexão subterrânea para interligar o prédio novo e o antigo. Ideia essa, que já foi aprovada pela Prefeitura de São Paulo.
Não havia uma mudança tão significativa no museu desde que foi transferido da rua 7 de Abril, na sede dos Diários Associados, para a Avenida Paulista, em 1968. O prédio projetado por Lina Bo Bardi (1914-1992), reconhecida pelo conjunto de sua obra com o Leão de Ouro Especial na Bienal de Veneza de 2021, transformou-se em cartão-postal da cidade e em símbolo da arquitetura moderna mundial do século 20.
“O Masp passa, assim, pelo maior processo de expansão física da sua história, feito com recursos próprios. Vamos aumentar em 66% a capacidade expositiva do museu, integrando os dois prédios e esse é um investimento muito relevante para a cultura de São Paulo. Acredito que essa expansão consolida o museu e a própria Avenida Paulista como um eixo cultural, quem sabe o mais importante eixo cultural do Brasil, do qual o Masp, sem dúvida, é a âncora”, diz Alfredo Setubal, presidente do Conselho do Masp.
Atualmente, pouco mais de 1% do acervo do museu é exposto devido ao espaço disponível. No total, o Masp possui mais de 11 mil obras entre pinturas, esculturas, objetos, fotografias, vídeos e vestuário de diversos períodos, que abrangem a produção europeia, africana, asiática e das Américas, de acordo com o site do museu.
