O ‘Adeus’ de Pazuello

O médico Marcelo Queiroga disse sim à pasta e se torna o 4º nome à frente da Saúde no governo. Foi o segundo nome de Bolsonaro após a recusa de Ludhmila Hajjar

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Pazuello deixa o Ministerio de Saúde (Crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Por Lilian Coelho

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O Brasil tem um novo Ministro da Saúde: Marcelo Queiroga. Médico, Presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, chega com a missão de trazer celeridade à aquisição de vacinas. Tarefa nada fácil: O Brasil virou destaque mundial como epicentro da pandemia.

Ser Ministro da Saúde virou uma aposta incerta. Já é o 4º nome na gestão Bolsonaro. Antes do General Pazuello, a escolha foi técnica: o oncologista Nelson Teich, que ficou de abril a maio de 2020 no cargo. Antes, o escolhido foi o também médico Luiz Henrique Mandetta, que durou de janeiro a abril do mesmo ano.

Agora, um cardiologista. Haja coração.

Ontem, em meio às especulações em torno de um nome, Pazuello convocou a imprensa para uma coletiva.

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Afirmou que não está doente e que não pediu para sair. Afirmou que está à disposição para ajudar o substituto, que está a caminho e falou em “continuidade”.

Disse que esteve com Bolsonaro e a médica Ludhmila Hajjar, que não aceitou substituí-lo no cargo alegando “falta de convergência técnica”.

De máscara, Pazuello ressaltou seus feitos à frente da pasta no combate à covid:

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“Somos o 5º país do mundo na distribuição de vacinas”, ressaltou, garantindo que a estratégia de vacinação nacional elaborada por sua equipe é a grande vitória do país.

Durante o encontro, anunciou a compra de mais de 138 milhões de doses das vacinas da Pfizer e da Janssen para reforçar nosso programa de imunização.

Feitos que parecem não impressionar alguns parlamentares, que convocaram Pazuello para dar explicações sobre eventuais irregularidades na condução da pandemia, especialmente o colapso no norte do país. Apesar dos alertas, faltou oxigênio, vacina e estrutura para atender boa parte da população do Amazonas.

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Pazuello encerrou a entrevista afirmando estar orgulhoso de seu papel. E disse que está “não é uma palavra de despedida”. Mas foi.

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Perfil Brasil.

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