Paulo Maiurino diretor-geral da PF nega interferência de Bolsonaro no órgão

No STF, Bolsonaro é alvo de uma investigação por interferência no órgão depois de sofrer uma denúncia feita pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro (Podemos)

Paulo Maiurino diretor-geral da PF nega interferência de Bolsonaro no órgão
No governo Bolsonaro é considerado indicação pessoal do ministro da Justiça Anderson Torres, que, como ele, fez parte da carreira política (Créditos: Reprodução / Twitter @eduguim)

Paulo Maiurino diretor-geral da PF (Polícia Federal), disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não pediu nenhum favor a ele e nem interferiu no órgão. O diretor-geral criticou os policiais que por meio da imprensa usam para “virar celebridade“, disse em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.

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No governo Bolsonaro é considerado indicação pessoal do ministro da Justiça Anderson Torres, que, como ele, fez parte da carreira política. Maiurino foi chefe da segurança do STF (Supremo Tribunal Federal) na presidência do ministro Dias Toffoli de quem é próximo e atuou na área de segurança para governos de diferentes partidos políticos, como PT e PSDB.

No STF, Bolsonaro é alvo de uma investigação por interferência no órgão depois de sofrer uma denúncia feita pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro (Podemos).

Em abril de 2020 o ex-juiz da Operação Lava jato saiu de seu cargo de ministro da justiça depois que Bolsonaro decidiu tirar o diretor-geral da PM Maurício Valeixo, pessoa de confiança do ex-ministro. Moro disse na época que o presidente queria interferir na Polícia Federal. Segundo informações do UOL,Bolsonaro prestou depoimento no começo de novembro e disse não ter interferido no órgão.

Ao jornal Maiurino disse que Bolsonaro “nunca me pediu nada e não interferiu em nada, muito menos em processos de investigação”. O diretor-geral desafiou os delegados que comprovassem sua ação para mudar o rumo das apurações.

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“Desafio qualquer delegado a dizer e a provar que, na minha gestão, algum deles recebeu orientação para agir de uma forma ou de outra numa investigação, para proteger ou perseguir alguém. Isso seria um absurdo, um crime grave.”

Para Maiurino o órgão “não pode ser envolvido na disputa política, eleitoral e ideológica, pois é uma instituição de Estado, não de governo, respeitada e admirada pela sociedade”. E completou: a PF não pode falhar, porque isso desacreditaria o sistema persecutório brasileiro”.

“Meu partido é o Brasil. Sou um democrata, defendo o Brasil e sou fiel ao meu pai, que teve destaque como policial militar e é um exemplo na minha vida”, declarou na entrevista ao jornal.

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O diretor-geral diz que as investigações que estão sendo feitas pela PF teriam que ser “silenciosas, criteriosas, eficientes, eficazes, para produzir provas robustas para o Judiciário poder condenar os culpados”.

Maiurino criticou ainda a grande exposição dentro do órgão.

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