Planalto ignorou negociação de vacinas por dois meses

A carta de negociação das vacinas da empresa Pfizer ficou dois meses sem resposta

O ex-secretário de Comunicação Social da Presidência Fábio Wajngarten assumiu durante depoimento na CPI da Covid, que ocorreu nessa quarta-feira (13), que o Planalto ignorou a carta de negociação das vacinas da empresa Pfizer, que ficou dois meses sem resposta. O documento foi enviado ao governo em setembro de 2020 de acordo com a matéria do jornal O Estado de S. Paulo.

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A sessão da CPI foi marcada por brigas e contradições no depoimento de Wajngarten que durou cerca de oito horas. Uma dessas contradições ocorreu quando o ex-secretário negou que a campanha publicitária “O Brasil não pode parar” tenha sido divulgada na página oficial do governo. Entretanto, o portal G1 confirmou que o perfil Governo do Brasil, no Instagram, publicou em março do ano passado uma foto com o slogan. O perfil é gerenciado pela Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom).

Durante o depoimento, Wajngarten foi chamado de “mentiroso” diversas vezes. Em um dos casos foi quando tentou amenizar e negar uma de suas falas durante entrevista para a revista Veja, realizada no final de abril deste ano. Nela responsabilizou o Ministério da Saúde, comandado pelo então ministro Eduardo Pazuello, e relatou incompetência.

“Houve incompetência e ineficiência”, disse Fábio Wajngarten em entrevista para Veja.

O presidente da CPI Omar Aziz (PSD-AM), encaminhou nesta quarta-feira (12) o depoimento de Fabio Wajngarten ao Ministério Público, para apuração de possíveis mentiras ou falso testemunho.

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Brigas

Omar Aziz precisou suspender a reunião da comissão após uma briga entre o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o relator da CPI Renan Calheiros (MDB-AL).

Segundo o G1, Flavio Bolsonaro mencionou o fato do relator ter defendido a prisão de Wajngarten.

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O senador declarou: “Imagina a situação: um cidadão honesto ser preso por um vagabundo como Renan Calheiros. Olha a desmoralização.”

Após ser chamado de vagabundo, Renan disse que considerava o xingamento um “elogio” vindo de um parlamentar como Flavio.

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