Nesta terça-feira (13), a CAE (Comissão de Assuntos Econômicos do Senado) decidiu em votação que os senadores Fernando Bezerra (MBD-PE), Antônio Anastasia (PSD-MG) e Katia Abreu (PP-TO) estão aptos a disputarem o cargo de ministro do TCU (Tribunal de Contas da União).
A vaga foi aberta após o ex-ministro, Raimundo Carreiro, deixar o cargo no tribunal para se tornar embaixador do Brasil em Portugal.
Na manhã de hoje (13), os três senadores entregaram seus currículos e disseram estar preparados para assumirem o cargo de ministro.
Geralmente existe um acordo entre os congressistas sobre quem será o indicado. Porém, o consenso parlamentar não foi atingido, o que levou o confronto entre os três senadores.
Portanto, o plenário do Senado fica encarregado de dar o veredito final sobre a disputa. A votação deverá acontecer ainda nesta terça.
Antônio Anastasia (PSD-MG)
Anastasia foi o primeiro a discursar entre os três senadores. Exaltando sua trajetória profissional, o político disse que é professor, formado em direito e mestre em direito administrativo. Já na vida pública, ressaltou ter sido secretário de Planejamento e governador de Minas Gerais.
“Acredito que eu tenha, humildemente, um perfil de magistrado: serenidade, equilíbrio, muita paciência, tenho bom senso. Acho que o bom senso é algo muito importante nos dias de hoje. Então, esse perfil do magistrado da jurisdição administrativa, acredito, de maneira humilde, reitero, que eu apresento”, disse Antônio durante seu discurso.
Anastasia completou dizendo que como ministro do TCU, contribuirá para aperfeiçoar a jurisprudência e a legislação administrativa do tribunal.
Fernando Bezerra (MDB-PE)
Depois de Anastasia, foi a vez de Bezerra falar. O Pernambucano, que é líder do governo Bolsonaro no Senado, disse que é formado em administração de empresas e ressaltou sua atuação na vida publica durante 39 anos. Fernando foi ministro da Integração Nacional e secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco.
“Fui gestor de grandes empreendimentos públicos, mas tive também a oportunidade de executar obras mais singelas, mas de igual responsabilidade e importância, como aquela pracinha para o encontro das famílias, o posto de saúde, a escola e tantas outras tão necessárias para as comunidades beneficiadas. Conheço as dificuldades de administrar os recursos do erário. Sei que quaisquer dessas atividades, de maior ou menor vulto, estão sujeitas a riscos e incertezas”, completou o senador.
Bezerra afirmou que se for ministro do TCU, irá interagir com o Congresso Nacional e contribuirá com a ”construção dos necessários canais de comunicação”.
Katia Abreu (PP-TO)
A senadora, que é formada em psicologia, iniciou sua fala dizendo que foi “mais ou menos atropelada pela vida no que diz respeito aos estudos”.
Abreu ressaltou ter sido ministra da Agricultura durante o segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff, presidenta da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), deputada federal e líder de um sindicato rural em Tocantins.
Katia afirmou que desde agosto está tendo aulas com auditores e quer fortalecer esse ”elo extraordinário” entre o TCU e o Congresso Nacional.
“Nós não somos inimigos, nós somos parceiros, e se o tribunal de contas está fazendo alguma coisa que está incomodando o Congresso Nacional, cabe a nós fazermos as leis, reformulá-las para eles cumprirem. Eles estão lá, ávidos, esperando-nos, para que soluções sejam levadas”, completou a senadora.