Rússia deixa Conselho Europeu

Segundo o Kremlin, o orgão se tornou ”um instrumento de política anti-russa”

russia-deixa-conselho-europeu
O presidente russo Vladimir Putin (D) e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov (E) participam da sessão principal de uma cúpula internacional sobre a garantia da paz na Líbia na Chancelaria em 19 de janeiro de 2020 em Berlim, Alemanha. (Crédito: Sean Gallup-Pool/Getty Images)

A Rússia decidiu deixar nesta terça-feira (15) o Conselho Europeu, um órgão de defesa dos direitos humanos. A informação foi dada pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia em comunicado.

Publicidade

O Conselho tem como missão “defender os direitos humanos e o Estado de Direito” e é separado da União Europeia. O órgão havia suspendido a adesão da Rússia em 25 de fevereiro, um dia após a invasão à Ucrânia.

A declaração do Ministério das Relações Exteriores russo destacou essa suspensão em seu raciocínio e afirmou que os membros da Otan e da UE estão transformando o Conselho “em um instrumento de política anti-russa”.

Vladmir Putin conversou nessa terça-feira (15) com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, sobre a situação da guerra na Ucrânia e as reivindicações russas no território vizinho.

Tradução do post do Kremlin no Twitter: ”Vladimir Putin conversou por telefone com o presidente do Conselho Europeu Charles Michel.”

Publicidade

Entenda a invasão da Rússia na Ucrânia

O presidente Vladimir Putin ordenou uma invasão na Ucrânia, na quinta-feira (24). Desde então, o exército russo faz ofensivas por terra, ar e mar contra pontos estratégicos ucranianos, incluindo a capital Kiev e Kharkiv, segunda maior cidade do país.

Militares russos também conquistam terreno no sul da Ucrânia. Pelo menos uma cidade portuária, Kherson, já foi tomada por eles.

Publicidade

Um dos fatores que desencadeou o conflito foi a possibilidade da Ucrânia entrar na OTAN, aliança militar do Ocidente. Uma das demandas da Rússia nas negociações sobre a guerra é que a Ucrânia se comprometa a nunca entrar na OTAN e na União Europeia. Moscou também exige que Kiev reconheça a independência das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, no leste ucraniano, e que a Crimeia faz parte da Rússia.

Putin argumenta que está realizando uma “operação especial” para proteger os russos que vivem em território ucraniano. Ao mesmo tempo, Putin também diz que a Ucrânia está sob controle estrangeiro e que não merece ser um país independente.

Publicidade

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.