O Índice Geral de Preços – 10 calculado pela Fundação Getúlio Vargas subiu 3,24% em maio, mais que o dobro da variação de 1,58% apurada em abril. Com isso, o índice já acumula alta de 12,70% no ano e de 35,91% em 12 meses.
Os resultados desse mês também ficaram bastante acima dos registrados no ano passado quando o índice variou 0,07%, acumulando elevação de 6,07% em 12 meses. De acordo com os especialistas da FGV, os principais responsáveis pelo avanço expressivo foram os Aumentos recentes nos preços de commodities importantes, que também são insumos para vários segmentos industriais, causando uma reação em cadeia. O IGP-10 mede a variação nos preços entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês atual e é composto por 3 subíndices.
O que apresentou o maior avanço este mês foi o índice de preços ao produtor amplo, que acompanha os valores no atacado e subiu 4,20% em maio, frente a taxa de 1,79% em abril. O resultado foi justamente graças ao comportamento das Matérias-Primas Brutas, que tinham registrado deflação no mês passado e agora subiram 7,66%.
Minério de ferro, cana de açúcar e milho, por exemplo, subiram mais de 11%. Já o índice de preços ao consumidor, que mede a inflação no varejo, desacelerou em maio, com variação positiva de 0,35%, abaixo do avanço anterior de 0,87%. Isso se deve aos decréscimos medidos quatro das oito classes de despesa, com destaque para os itens do grupo Transportes, que agora apresentaram deflação de 0,22%, puxada principalmente pela queda na gasolina, que tinha subido 9,02% em abril, e recuou -1,03% em maio.
O último subindicador que compõe o IGP-10 é o índice Nacional de Custo da Construção, que também desacelerou este mês, com avanço de 1,02%, abaixo dos 1,24% medidos em abril.
(Agência Brasil)