Para especialista escola inclusiva dá autonomia para crianças com deficiência

Rodrigo Hübner Mendes, superintendente do Instituo Rodrigo Mendes, defendeu que o modelo é uma “mudança que favorece a todos os alunos”

Para especialista escola inclusiva dá autonomia para crianças com deficiência
Para dar certo esse modelo no Brasil, Rodrigo Mendes destacou a necessidade de uma política pública forte (Créditos: Andressa Anholete/Getty Images)

Rodrigo Hübner Mendes, superintendente do Instituo Rodrigo Mendes, em entrevista à CNN, defendeu que o modelo da escola inclusiva deveria ser adotado. Ele admitiu que, em um primeiro momento, pode parecer que ter uma escola especial seja melhor, apenas para alunos com deficiência, com profissionais preparados e lugares reservados. “No entanto, esse modelo não deu certo.”

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“Crianças nesses ambientes não construíram autonomia, não existe o tipo de estímulo necessário para que ela de fato busque o seu melhor e tenha chance de autonomia. É por isso que especialistas do mundo inteiro recomendam a adoção da escola inclusiva”, explicou.

Segundo Rodrigo, neste modelo, a escola “se dispõe a transformar e mudar o jeito de atuar”: “Ela passa a ter uma equipe planejamento pedagógico, explora outras tecnologias, está sempre reciclando seu conhecimento, com novas formações, como terceiro ponto, a criança com deficiência pode precisar de especializado, mas pode acontecer na escola.”

Para ele, essas mudanças, “favorece a todos os alunos”: “Toda essa atualização e oxigenação necessária para a equipe pedagógica faz com que ela tenha uma equipe mais atenta ao mundo contemporâneo, não só as com deficiência, quando se tem um projeto pedagógica com professores atentos, o todo ganha.”

Para dar certo esse modelo no Brasil, Rodrigo Mendes destacou a necessidade de uma política pública forte. “É preciso ter como prioridade estabelecer diretrizes para toda a rede de ensino.”

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Rodrigo disse que visita inúmeras escolas pelo país e já observou um padrão: “O fator renda, infraestrutura física, volume de investimento não é necessariamente o principal gerador de prática inclusiva.”

Segundo Rodrigo, é claro que os recursos são essenciais, mas há instituições de ensino que “o que fez a grande diferença foi um diretor que abraça a inclusão como valor, premissa, e junto com os demais educadores conseguem se mobilizar para mudar a forma de atuar.”

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